POLÊMICA

Príncipe Harry utiliza apelido rejeitado por Princesa Diana como título de seu livro autobiográfico

Segundo biógrafo da família real britânica, Princesa Diana quis proteger o Príncipe Harry destes apelidos

CARAS Digital Publicado em 03/11/2022, às 10h14

O livro autobiográfico do Príncipe Harry se chamará 'O Que Sobra', um apelido dado pelo público e rejeitado por Princesa Diana - Foto: Getty Images

O Príncipe Harry (38) lançará seu livro autobiográfico em janeiro de 2023 – e o nome que ele escolheu para a obra parece evocar um apelido que sua mãe, a Princesa Diana (1961-1997), conhecida também pelo apelido de Lady Di, quis manter longe dele.

Na versão original, em inglês, o livro se chama 'Spare'. No Brasil, o título recebeu uma tradução precisa: 'O que Sobra'. O termo pode indicar que o Príncipe Harry e sentia deslocado em seu círculo íntimo, na família real britânica, de alguma forma. 

Porém, em inglês, essa interpretação do nome da autobiografia ganha ainda mais força devido a uma famosa expressão de seu idioma: "Heir and the spare", ou em português, "herdeiro e o que sobra".

O Príncipe William (40) é o primeiro na linha de sucessão ao trono da monarquia britânica, atualmente ocupado pelo Rei Charles III (73), após a morte da Rainha Elizabeth II (1926-2022), em setembro deste ano. Harry está em quinta posição nessa fila. 

Lady Di quis proteger seus filhos de rótulos dentro da monarquia

Essa diferenciação entre os dois príncipes era uma das coisas que mais preocupava a Princesa Diana enquanto ela ainda era viva. James Patterson, autor da biografia "Diana, William e Harry: a história comovente de uma princesa e mãe", em tradução livre, abordou essa questão numa entrevista recente ao canal de televisão, Fox News.

“Acho que ela estava preocupada com isso. Isso é uma coisa padrão para as famílias. Uma das crianças que se saem melhor na escola ou se torna uma atleta melhor parece ser um pouco mais charmosa e amável", ele declarou. “Como você faz as outras crianças sentirem que são o suficiente? Acontece praticamente com todas as famílias. E, no caso [dos príncipes William e Harry], as apostas são muito maiores porque, presumivelmente, alguém será rei algum dia.”

Patterson ainda apontou que Diana tentou proteger seus filhos desse problema ao máximo. "Ela simplesmente queria que eles fossem crianças normais e entendessem que o mundo real não funciona da mesma forma que funcionava dentro do palácio. Eles não devem se ver como especiais ou diferentes", afirmou.

 

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