VENCEDORA DO KIKITO COMO MELHOR INTÉRPRETE FESTEJA RETOMADA DA CARREIRA NA VILLA DE CARAS
O múltiplo talento de Vivianne Pasmanter (38) lhe garantiu o Kikito de Melhor Atriz do 37º Festival de Cinema de Gramado, no Rio Grande do Sul, pela interpretação de quatro personagens no filme Quase um Tango, do diretor gaúcho Sérgio Silva (63). O primeiro troféu na carreira de Vivianne chega no momento em que ela volta a investir na profissão, após um tempo dedicado à criação dos dois filhos, Eduardo (6) e Lara (4), com pausas para a gravação da novela Páginas da Vida, em 2004, e participações na Rede Globo. "É o meu primeiro prêmio, mas posso dizer que é o segundo, porque antes tem o fato de ter sido dirigida pelo Sérgio. Adorei fazer esses papéis e estou em uma fase de querer muito trabalho", diz ela, na Villa de CARAS. No longa-metragem, Vivianne interpreta as mulheres que estão no imaginário do agricultor Batavo, vivido pelo galã Marcos Palmeira (45).
Separada desde outubro do ano passado do engenheiro Gilberto Zaborowski (47), com quem foi casada durante sete anos, a atriz paulistana diz estar sempre voltada para os herdeiros, com quem vai se mudar de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde começa a gravar a novela Bom dia Frankenstein. A nova atração da Globo, que substituirá Caras & Bocas, tem estréia prevista para janeiro de 2010. Antes, porém, Vivianne roda o filme Rosa Morena, de Carlos Oliveira. "Estou em paz e desenvolvendo os meu projetos. Hoje faço os trabalhos que acho que valem a pena; tem que ser assim para fazer com que eu saia um pouco do lado das crianças. Ser mãe me gratifica muito. O meu filho Eduardo me perguntou antes da viagem para Gramado o que eu iria ganhar caso fosse a escolhida. Disse que seria um troféu e ele pediu para ele. Claro que levarei o prêmio, mas junto com uma réplica de chocolate", conta, sem disfarçar a felicidade.
- Como foi interpretar quatro personagens de uma vez?
- Foi um presente maravilhoso. O Sérgio me deu o roteiro para ler e pelo meu physique du rôle pensei que havia sido escolhida para um dos papéis do filme, mas ao descobrir que faria as quatro personagens tudo mudou. Se um já era legal, imagine quatro. Quando pego um personagem, mesmo antes de iniciar as gravações começo a entrar em seu universo. Mergulho fundo. Tinha a questão do sotaque gaúcho com diferenças regionais, de acordo com cada lugar onde viviam essas mulheres. Este foi um período muito rico para mim e é muito bom voltar a fazer cinema.
- Você está numa fase de dedicação ao trabalho e mudando para o Rio de Janeiro...
- Estou fazendo o filme do Carlos Oliveira e depois começo a gravar a próxima novela do horário das 7 da Globo. Eu estava afastada da TV já havia seis anos. Programei dar um tempo, tive os filhos e foi muito bom ficar com eles, poder viver a vida. Difícil era voltar, porque pensava no risco de perder a passagem do tempo, afinal eles só têm 1, 2, 3 anos uma vez. Agora está dando para equilibrar mais. Nesta minha fase, o trabalho tem que valer muito a pena, proporcionar muito prazer para eu deixar o meu tempo com as crianças. Sou muito mais seletiva. Estou me dedicando aos filhos e à carreira. Me separei há um ano, não estou namorando e estou muito bem.