O ator Marcos Palmeira (46) orgulha-se por não revelar arrependimentos. Mas a alegria e o prazer de viver aumentaram desde o nascimento de Júlia (2), sua única filha, da relação de quatro anos com Amora Mautner (34), diretora geral da novela Cama de Gato, que estreia na segunda, 5, e tem o galã como protagonista. "Amora me traz felicidade, aumenta a minha autoestima, é inteligente. E Júlia é minha luz, responsável pelas minhas melhores noites mal dormidas", derrete-se, na Villa de CARAS, em Gramado, em um raro momento de descanso após exibir na serra gaúcha seu filme Quase Um Tango..., previsto para entrar em cartaz em 2010. A agenda lotada, ainda apresenta aos domingos, na TV Cultura, o programa A'Uwe, sobre os índios, e já está escalado para atuar ano que vem na nova temporada da série Mandrake, da HBO, é outro motivo de orgulho. "Também cuido da minha fazenda, Vale das Palmeiras, em Teresópolis, na serra fluminense. Desenvolvo ainda trabalho de agricultura familiar, chamado Produção Agroecológica Integrada e Sustentável, com o Sebrae e a Fundação Banco do Brasil. Já são seis mil famílias beneficiadas e eu tenho o maior orgulho disso.
Meu pai sempre me falou: 'Quanto mais coisas você faz, mais tempo tem para fazê-las. Quem não faz nada, não tem tempo porque a preguiça toma conta. Graças a Deus, sou o oposto, um operário", completou.
- De onde vem essa energia?
- Tenho uma vida saudável, mas não sou nada radical. Costumo tomar minha cervejinha, tudo com equilíbrio, comer alimentos orgânicos, verduras. Não tenho um corpo escultural, mas não sinto dores, o que já é bom. Jogo futebol, tênis e, eventualmente, nado. Vida é movimento, não dá para ficar parado pensando.
- A paternidade mudou algo?
- Realmente, ter um filho muda sua vida, mas a transformação é para o bem, porque você começa a ser meio que um espelho, questiona-se sobre os valores que deseja passar para essa criança, que país estamos deixando. O que importa é ter educação.
- Sua ligação com a terra é muito forte, não?
- Sim, vem desde quando era criança, nas fazendas dos meus avós, na Bahia. Cheguei a morar com os índios Xavantes, trabalhei na Funai. Fui conhecendo a agroecologia. Há quase 15 anos, comecei a produzir alimentos orgânicos. Vendo queijo, ricota, iogurte, legumes, verduras e algumas frutas.