Anuário 2009

Java Mayam colhe frutos do sucesso

No Castelo, ele brinda papel em novela global e a paixão duradoura

Redação Publicado em 10/11/2009, às 22h19 - Atualizado em 16/11/2009, às 12h23

Depois do êxito de sua participação em Caminho das Índias, da Globo, como o vilão Beca, o ator Java Mayam (29) colhe os frutos do sucesso, sendo reconhecido nas ruas e questionado sobre o folhetim escrito por Glória Perez (60), que terminou em setembro, e também sobre o caráter de seu personagem. No charmoso Castelo de CARAS em New York, a 40 minutos de Manhattan, lugar que sonhava conhecer pela vida cosmopolita, ele celebrou a boa fase, que inclui também o namoro duradouro com a bailarina Mariane Bastos (25), do Domingão do Faustão, com quem está há quatro anos. Mesmo já tendo feito outras novelas como Corpo Dourado e Pecado Capital, ambas de 1998, e Malhação, entre 2005 e 2007, foi o sequestrador que lhe deu notoriedade com o público. Depois de uma passagem de um mês percorrendo o interior de São Paulo com o circo comandado por Marcos Frota (53), Java agora pretende voltar aos palcos do teatro. - Como o público reagiu a seu papel em Caminho das Índias? - Foi muito difícil fazer o Beca porque ele era um cara ruim, muito diferente de mim. Mas a repercussão foi fantástica. Nunca tinha feito novela das oito e não sabia a proporção disso. Desde criancinhas a senhoras me paravam nas ruas para falar deste personagem. - Que experiência ganhou? - Primeiro, o prazer de voltar a trabalhar com o Marcos Schechtman, com quem eu já havia trabalhado em Corpo Dourado, quando fiz o filho do Fábio Jr. e ele era o diretor das cenas. Depois, tem a Glória Perez, que é fantástica, uma guerreira. E por mais que eu não tenha contracenado com eles, havia grandes atores naquela novela. Ver o Tony Ramos em cena, um cara que já fez muitas novelas e ainda faz com tanto amor, dá para ver o brilho no olhar dele. Pude ver de perto a paixão que os veteranos têm pela profissão. - Mas você começou cedo... - Minha história é enorme. Meus pais se separaram, minha mãe foi para Amsterdã e meu pai para a Amazônia, onde morei durante três anos. Cheguei lá aos 8 anos e aprendi muito: pisei no chão e vi que as pessoas são iguais. Daí voltei para o Rio, onde nasci. E comecei a fazer teatro no Tablado. Como era muito comunicativo, entrei e logo na primeira aula abracei e beijei muito na boca. Como adolescente, adorei aquela grande brincadeira. - Nasceu uma paixão? - Fiz quatro anos de teatro por pura diversão. Mas eu não tinha noção do que era ser ator. Tive isso somente depois que terminou Corpo Dourado. Ali, foi o momento que descobri que poderia fazer daquilo minha profissão. Mas por tudo que eu já tinha vivido e visto, foi difícil administrar esta história de ser famoso. Olhava para meus amigos e não me sentia ator. Mas depois me conscientizei e passei a estudar e a me aprofundar. - E a vida pessoal? - Namoro há quatro anos. A conheci quando fazia Malhação. Não vamos falar de casamento... Ela me pediu para voltar de New York com duas alianças na mala. Digo a ela: 'Já moramos juntos, estamos casados!'. - Como manter a boa forma? - Ainda bem que vivo no Rio de Janeiro, cidade que respira esportes. Sou asmático e, por isso, desde criança, faço esportes. Nado, surfo, pedalo, corro, escalo, jogo futebol, tênis... O que tiver, eu faço. Meu corpo pede. - Planos para o futuro? - Quero fazer uma peça, viajar novamente em turnê. TV e teatro são coisas completamente diferentes. Estou sentindo falta disso.
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