Dicas para você não se tornar uma noiva neurótica (ou conviver com uma)

Ansiedade, tensão e expectativa. Muitas noivas ficam sensíveis e até irritadas durante os preparativos para o casamento. Algumas chegam a perder peso e ficar pele e osso. Afinal, são tantos detalhes para pensar e organizar, e isso pode acabar sobrecarregando a noiva física e psicologicamente (veja dicas para contratar uma organizadora de casamentos). O nervosismo é perfeitamente compreensível. O problema é quando a irritação ultrapassa os limites e acaba afetando a família, os amigos e, claro, o noivo. “As noivas ficam em um estado emocional sensível e oscilante, e tudo pode tomar uma proporção enorme”, diz a psicóloga Adriana Takahashi. E esse, claro, é o primeiro passo para transformar a vida dela e de todos ao seu redor num inferno. “Nesses meses que antecedem o casamento, algumas se tornam pessoas egoístas, controladoras ao extremo e se irritam por qualquer motivo e com qualquer pessoa”, conta. “Dá para comparar com os sintomas de uma TPM, uma longa TPM...”, acrescenta.

O medo e a ansiedade de que tudo saia perfeito são alguns dos sentimentos responsáveis por deixar a noiva à beira de um ataque de nervos. É preciso, então, aprender a lidar com as pressões e estar consciente de que, apesar do estresse, os preparativos devem dar prazer e satisfação ao casal. “Nervosismo e preocupação excessivos podem acabar até prejudicando o relacionamento dos noivos, pois o estresse experimentado antes do casamento é muito alto”, alerta a psicóloga. “Já ouvi noiva dizendo na cara do futuro marido que era pra ele ficar quieto, já que era ela quem estava pagando tudo. E noiva que ficou preocupada, achando que a madrinha grávida entraria em trabalho de parto em plena cerimônia, ’roubando’ a cena dela.... Fora as brigas com a sogra ou com a própria mãe, que às vezes se  intrometem nos preparativos”, conta.

Na visão da psicóloga, a solução para minimizar a tensão e esclarecer os mal-entendidos é sempre o diálogo. Resolva as coisas na base da conversa e tente se manter tranquila para que a discussão não se transforme em um bate boca. E se você conhece uma noiva que está passando por essa fase, tente compreender o nervosismo dela. Se é próximo, ofereça ajuda. E se a intimidade permitir, vale dar um toque quando a noiva exagerar na irritação. É fundamental lembrar que este é um momento único e especial para a mulher e racionalidade está longe de ser sua maior qualidade neste período.

Veja cinco dicas para não virar uma ‘megera’ durante os preparativos do seu casamento:

Lembre-se: nem tudo está sob seu controle
Por mais que a noiva queira definir todos os detalhes, é preciso ter consciência e perceber o momento de pedir ajuda e, principalmente, delegar algumas funções. Existe uma forte tendência da noiva querer centralizar tudo. Isso gera desgaste e estresse, portanto, aprenda a dividir as tarefas e responsabilidades.

Exercite o desapego
Lembre-se de que o casamento irá durar apenas algumas horas e questione se vale a pena tamanho desgaste na relação por conta de um detalhe que não está dando certo.

Planeje e relaxe
Para se sentir mais segura, vale a pena fazer um planejamento detalhado e estipular datas e limites para cumprir os compromissos. Sempre reserve um tempo para você - pratique uma atividade física, saia com as amigas - e invista em momentos a dois, onde o assunto não seja exclusivamente os preparativos do casamento.

Não desconte a irritação nos outros: converse
Ao se perceber irritada ou incomodada com alguma situação ou com alguém, ainda vale o diálogo para solucionar o problema em vez de descontar ou jogar toda sua raiva nas pessoas queridas. Respire fundo e conte até dez se for necessário.

Aceite ajuda
Na maior parte das vezes, a noiva não percebe que pode estar exagerando, então, cabe a ela permitir que familiares, amigos próximos e o próprio noivo interfiram e sinalizem quando ela estiver se sobrecarregando ou apresentando comportamentos instáveis na relação com as pessoas. E não exclua o noivo dos preparativos: transforme-o em seu aliado e não em ‘inimigo’.

Por Ana Paula de Andrade