Famosos jogam pelo 2º ano com ex-campeões e assistem às finais de exclusiva suíte da revista
Uma final repleta de emoção, com direito a surpreendente vitória argentina, em jogo que chegou a ser adiado por um dia em razão da chuva que não deu trégua a New York durante todo o fim de semana. No último e mais esperado duelo do US Open 2009, Juan Martín Del Potro (20), em mais de quatro horas de partida, quebrou a hegemonia de cinco títulos consecutivos do número 1 do mundo, o suíço Roger Federer (28), no Aberto dos Estados Unidos, e se sagrou campeão. Enquanto isso, em uma das luxuosas suítes do badalado Flushing Meadows, com vista privilegiada para a quadra e acesso fácil às outras áreas do complexo, um time especialíssimo de brasileiros esbanjava motivos para comemorar e se gabava com incríveis histórias para contar. Convidados da revista nesta temporada do Castelo de CARAS, em Tarrytown, a 40 minutos de Manhattan, e no mais importante torneio de tênis dos Estados Unidos, eles entraram em quadra para disputar o Pro-Am, competição beneficente que reúne ex-profissionais consagrados e amadores.
Nesse exclusivo torneio de CARAS, quem levou o troféu foram os atores Java Mayan (29) e Daniel Erthal (26), que administraram bem a euforia da situação e fizeram bonito ao dividir jogo com alguns de seus ídolos, como o argentino Guilhermo Vilas (57), os americanos Todd Martin (39), Tim Mayotte (49), Rick Leach (52), Jimmy Connors (57) e Tracy Austin (46), o australiano Pat Cash (44) e o romeno Ilie Nastase (63), além da porto-riquenha Gigi Fernandez (45), a americana Mary Joe Fernandez (38), a croata Iva Majoli (32), a checa Hana Mandikova (47) e a espanhola Conchita Martinez (33). "Foi maravilhoso, um momento único. Cresci vendo o Todd Martin jogar e jamais sonhei em estar aqui um dia ao seu lado, e muito menos ouvir dele que sou o melhor jogador dessa turma", vibrou o campeão Java, ainda curtindo o sucesso de seu personagem, o vilão Beca da novela global Caminho das Índias. "É muito bom praticar o esporte com pessoas tão alegres e com uma boa energia como os brasileiros. Gostei muito dessa nossa interação", elogiava o simpático Vilas.
Entre as estrelas amadoras, ainda brilharam o piloto de Fórmula Indy Helio Castroneves (34) - tricampeão das 500 Milhas de Indianápolis -, os atores Juan Alba (43), Jorge Pontual (42), Rômulo Estrela (25), Márcio Kieling (31) e Rômulo Arantes Neto (22) e os cantores Supla (43) e Luciana Mello (30), com o marido, o fotógrafo Ike Levy (33).
O time de brasileiros contou com reforço à altura da importância do campeonato: aulas do ex-tenista e treinador campeão Carlos Alberto Kirmayr (59). "Aqui, o que vale é a diversão e o entrosamento entre eles, pois, para jogar o melhor tênis, são necessárias 10000 horas de treinamento", explicava o técnico da equipe de CARAS. De raquete nas mãos, assim como os competidores profissionais do US Open, a equipe de famosos brasileiros, hospedada no Le Parker Meridien New York, acordou bem cedo, entrou no carro oficial da organização do US Open e seguiu para o complexo, localizado no bairro do Queens, com muita expectativa sobre o encontro com os ídolos das quadras. Já os veteranos profissionais se impressionaram com a descontração dos brasileiros. "As partidas foram divertidas. Tênis é um esporte que você tem que gostar e que exige muito treino", disse Todd. "Vi que eles estavam se divertindo e é isso que interessa. Para ser um bom jogador, o mais importante é a prática", complementou Tracy Austin.
Luciana Mello e o marido, Ike, ganharam dicas certeiras de saques com Vilas, que também dedicou horas a conversar com Supla, jogador que não abandonou o estilo performático dos palcos para entrar em quadra. "Eu jogo e gosto de tênis e conheço todos estes ex-profissionais. Venho sempre a New York para tocar e cantar. Desta vez topei o desafio de CARAS e estou curtindo a aventura neste lugar fantástico", contava o cantor paulistano.
Para o pentacampeão do US Open Jimmy Connors, alguns desses jogadores têm potencial para seguir carreira esportiva. "O fundamental no tênis é ter paciência", indicou. O ator Rômulo Arantes Neto ganhou elogios do australiano Pat Cash e de Todd Martin, com os quais treinou minutos antes do início do Pro-Am e que o classificou como "muito rápido". "Fiquei tão feliz em receber estes ensinamentos de grandes ídolos do esporte que quero dar continuidade na prática do tênis. Acho que não fiz feio ao jogar com eles", analisou.
Rômulo Estrela, impressionado com o profissionalismo de Todd Martin, não estava menos encantado com a grandiosidade do maior evento de tênis americano. "Foram momentos que não vou esquecer, por tudo, desde o início, dormindo em um luxuoso hotel em Manhattan, o mesmo dos competidores profissionais, até os carros exclusivos para os jogadores, a entrada no estádio, as grandes partidas e esta troca de experiência com os ex-profissionais com quem tivemos o privilégio de dividir a quadra", elogiou o ator.
Jorge Pontual, que jogou com o australiano Pat Cash e mereceu prêmio por seu bom desempenho, também confessou estar feliz com a oportunidade. Segundo ele, seu parceiro foi o mais brincalhão em quadra e chegou a contar que foi casado com uma brasileira. Antes da rodada final, Todd Martin também ensinou algumas técnicas do esporte ao ator. "Sempre fui autodidata, por isso minhas jogadas não são tecnicamente certas", justificou.
Fã de automobilismo, Pat Cash cuidou de dar dicas de saques para o piloto de Fórmula Indy Helio Castroneves. "Foi ótimo estar aqui. Acredito que todos nós tivemos grandes momentos. O mais legal do povo brasileiro é que ele se envolve com o que está fazendo. Para se tornar um bom jogador, é preciso muita técnica, treino, concentração, preparo físico e mental", analisou o expert.
Futuro papai, Castroneves, aliás, era um dos mais entusiasmados e chegou a ser cotado como um dos favoritos ao título do Pro-Am. No entanto, da mesma forma que sua previsão para a final masculina simples do US Open - em que torcia para o espanhol Rafael Nadal (23) -, não se concretizou, sua vitória contra os demais brasileiros também ficou para trás. Ele recebeu o apoio carinhoso e a torcida da mulher, a empresária colombiana Adriana Henao (34), com quem vive há dois anos. Mesmo grávida de seis meses, ela não deixou de acompanhar Helinho, que, entre uma jogada e outra, aproveitava para conferir como estava a amada e a herdeira, que se chamará Mikaella. "Sempre sonhei em ser pai e torcia por uma menina. Estou em estado de graça. Acho que vou ficar bem bobão. Já estou nas nuvens e fico imaginando como será quando eu vir o rostinho lindo da minha filha", anunciava.
Adriana contou que o casal, pego de surpresa pela gravidez, está radiante. "É algo que sempre quisemos. O Helio está extremamente cuidadoso comigo, até demais! Vive insistindo para eu comer, não me deixa fazer qualquer tipo de esforço, liga mil vezes durante o dia para saber onde estou e se estou sentindo enjoo ou cansaço. Tenho que repetir mil vezes para ele que gravidez não é doença", revelou a bela, que adorou fazer fotos do amado e se divertiu ao ver ele ser reconhecido por um grupo de americanos que o assistiu pela televisão quando ele venceu o programa Dancing with the Stars, em 2007. A turista e fã Janet Bodermiller (54), que fez as vezes de fotógrafa oficial do grupo, também quis fazer um clique exclusivo com o piloto brasileiro radicado nos Estados Unidos. Enquanto isso, seus amigos aproveitavam a oportunidade para fotografar com Supla, explicando ter adorado o penteado punk do roqueiro.
Ainda na equipe brasileira, Nina, filha de 4 meses de Luciana Mello e Ike Levy, era a mais nova tenista a pisar nas quadras da United States Tennis Association (USTA). A pequena acompanhou os pais, que contaram com o apoio de Cecília Yoshizawa (48), mulher de Kirmayr, acostumada a trazer seu herdeiro, Max (3 anos), ao sofisticado complexo esportivo. "É muito tranquilo trazer crianças para cá. Há toda a infraestrutura necessária", incentivava. Além da atenção da mamãe coruja, preocupada com os horários para amamentar a herdeira, Nina foi mimada por todos do time das celebridades brasileiras e ganhou cuidados especiais da vovó Claudine Rodrigues (55), que viajou para os EUA especialmente para cuidar dela enquanto o casal concretizava o sonho de pisar nas quadras do Aberto de Tênis.
Completamente à vontade no cenário, Kirmayr era dos mais entusiasmados com a vitória de Del Potro. "Valeu a pena esperar até segunda-feira para assistir ao duelo. O argentino sabia que teria de ser ousado, abusado e corajoso, senão a taça maior iria para a Suíça de novo. Ele foi obediente e pôs em prática o que seu calado técnico Franco Davin orientou. Conseguiu intimidar o Federer com sua potente direita, mostrou mobilidade para sua grande estatura e sangue frio nas horas críticas, que foram muitas, pois o jogo mudou de mãos várias vezes", analisou o mestre, que encontrou algumas coincidências entre o torneio deste ano e aquele em que fora campeão como técnico. "Del Potro correu por fora. Em nenhum momento sequer ele foi considerado para chegar à final, já que estava na chave do Nadal. Para o tênis, este resultado trouxe um ar mais fresco ao esporte, além de um candidato a mais títulos. Uma comparação e outro ponto em comum: há 19 anos, a também argentina Gabriela Sabatini desbancou a favorita, Steffi Graf (40), na final do US Open", relembrou o técnico das estrelas de CARAS, que na ocasião era o treinador de Sabatini. A jogadora, na época, também tinha 20 anos e vencia, então, seu primeiro título no Aberto americano. "Assistir a esta final e seu desfecho me fez viajar no tempo e compartilhar de longe as emoções de campeão", contou, reafirmando que as semelhanças não param por aí. "Del Podro faz aniversário no mesmo dia que eu", revelou, lembrando que nasceram em 23 de setembro.
Empolgado na plateia do estádio Arthur Ashe, o principal palco do US Open, Juan Alba não escondia a emoção de estar na torcida. "É uma oportunidade única e um jogo incrível. Acho que vou demorar alguns dias para conseguir acreditar em tudo o que está acontecendo aqui. Estou vibrando como se estivesse no Maracanã vendo uma final do Flamengo", comparou. "Vibrei muito com a vitória do Del Potro e me emocionei com ele. Acho que vai virar o número 1 do mundo em breve", apostava o astro da Rede Record, que estava acompanhado do irmão, o modelo e nadador Henrique Alba (34). Já Jorge Pontual, que passa temporada na Big Apple estudando inglês e interpretação, não escondia sua preferência pelo favorito. "Na verdade, estava torcendo para o Federer, pois queria que ele batesse todos os recordes. Para mim, ele é o tenista mais completo que já vi jogar. Mas o Del Potro tem potencial. Hoje vi o reconhecimento mundial de um novo profissional, já que se trata de um torneio de referência", completou.
Na campanha desta temporada em New York, o campeão já havia imposto a Nadal sua pior derrota em Grand Slam, com um triplo 6 a 2, ao eliminá-lo nas semifinais.
Com este título, o jovem Del Potro se tornou o terceiro argentino a conquistar um dos torneios de Grand Slam - formado também pelo Australia Open, Roland Garros, na França, e Wimbledon, na Inglaterra -, juntando-se a Guillermo Vilas e a Gastón Gaudio (30) na galeria de ilustres profissionais a representarem seu país no topo da elite mundial do esporte.
Nova sensação do tênis, o campeão de 2009 realizou um de seus sonhos, apesar de seus planos serem mais ambiciosos: ele quer se tornar o número 1. "Treino dia a dia para conquistar o topo do ranking. Gosto de aprender com os grandes e disputar finais contra eles. Isso me faz crescer como tenista e como pessoa. E ainda tenho um longo caminho a trilhar, porque há grandes jogadores acima de mim", anunciou Del Potro à imprensa quando retornou a Buenos Aires, capital portenha, onde foi recebido com status de herói.
Já Federer minimizou sua derrota na competição americana, a qual classificou como "um tropeço". "Cinco títulos foi ótimo, quatro também. Seis teria sido um sonho, mas não se pode ter tudo", disse, conformado, o suíço. "Não estou muito decepcionado porque acho que joguei mais um torneio maravilhoso. Tive chances de vencer, mas não soube aproveitá-las. Foi uma pena", lamentou o tenista. "Eu voltei a liderar o ranking, hoje sou o melhor do mundo e espero conseguir defender a minha posição até o fim do ano."
Nos dias em que estiveram no Flushing Meadows, enquanto as partidas eram remanejadas por conta da chuva, os convidados de CARAS foram recebidos na Suíte Premium e puderam conhecer o torneio por completo, passeando pelos corredores do gigante estádio Arthur Ashe - que abriga um público de 23000 pessoas -, pelas quadras internas, pelos restaurantes e pelas enormes áreas exclusivas nas quais se concentram estrelas internacionais como a bela e premiada atriz Charlize Theron (34). Ela, que adora tênis e é frequentadora assídua do torneio nesta época do ano, estava acompanhada do amado, o ator e diretor Stuart Townsend (36), nas semifinais, mas teve que viajar para um compromisso em Los Angeles e não conseguiu assistir ao emocionante embate entre os finalistas Del Potro e Federer.
A vocalista da banda americana No Doubt, Gwen Stefani (39), fã do esporte e amiga pessoal de Federer, viu o jogo ao lado do marido, Gavin Rossdale (43), e de Mirka Vavrinec (31), mulher do jogador suíço e mãe das gêmeas do casal, Charlene Riva e Myla Rose (2 meses), que não conseguiu fingir a decepção com o resultado final.
Outros famosos reconhecidos internacionalmente também conferiram de perto o glamour do US Open, como o cantor Justin Timberlake (28), o veterano Jack Nicholson (72) e os magnatas Donald Trump (63) e Rupert Murdoch (78).
Estar no templo do esporte é uma oportunidade única de encontrar-se com jogadores do torneio e ex-atletas, que circulam tranquilamente pelas suítes e pelos bastidores da transmissão esportiva, como John McEnroe (50) e a brasileira Maria Esther Bueno (69), convidada especial da USTA para celebrar os 50 anos de sua primeira de nove vitórias no Aberto de Tênis nova-iorquino. "Estou muito feliz de estar aqui novamente, neste ano recebendo uma linda homenagem e fazendo comentários para a TV brasileira. Já se passaram 50 anos da primeira vez que venci este torneio, que nem era aqui neste estádio tão pomposo", disse a ex-tenista, orgulho de muitas gerações. A paulistana se encontrou com os campeões do Pro-Am Java e Erthal no momento em que eles percorriam o estádio, antes de subirem ao pódio onde receberiam o disputado prêmio, com status de vitória internacional.
A plateia estrelada do estádio é uma atração à parte para o público e para os convidados vips. De folga das filmagens de seu novo longa, The Danish Girl, a estrela de Hollywood Nicole Kidman (42) apareceu com o marido, o músico Keith Urban (41), para ver a partida entre Federer e Tommy Robredo (27). O cantor Justin Timberlake foi solicitado a dar autógrafos na semifinal masculina. Já a fashionista e editora da revista Vogue americana Anna Wintour (59) vibrou na final masculina simples.
Os corredores internos dos estádios Arthur Ashe e Louis Armstrong, que abrigam as mais importantes disputas e aos quais o acesso é exclusivíssimo, são um sonho mágico para os aficionados por tênis. Lá, nossas celebridades se uniram a colegas do mundo artístico e astros do esporte. O global Java, por exemplo, não só encontrou o ator americano Ben Stiller (43), do filme Uma Noite no Museu, como conversou com ele e registrou o momento especial em sua própria máquina fotográfica. O brasileiro também esteve com ex-jogadores, como McEnroe e o checo Ivan Lendl (49).
A atriz Sienna Miller (27) aplaudiu a vitória de Venus Williams (29) sobre a eslovaca Magdalena Rybarikova (20) dias antes da final. O astro da comédia Will Ferrell (42), que estava acompanhado da mulher, a atriz sueca Viveca Paulin (40), assistiu ao jogo entre o britânico Andy Murray (22) e o chileno Paul Capdeville (26). A atriz de Sex and the City Kim Cattral (53), que está filmando a sequência do longa baseado na série de TV de sucesso internacional, também estava lá para acompanhar as partidas. Blake Lively (22), o ator Jake Gyllenhaal (28) e o cantor nova-iorquino Tony Bennett (83), lenda do jazz e da música pop, ainda foram vistos sentados nas confortáveis cadeiras dos estádios para conferir as etapas finais do torneio. Bennett assistiu à partida em que o francês Gael Monfils (23) enfrentou Nadal. Reconhecido pelos inúmeros fãs, o artista acenou para o público presente, esbanjando simpatia.
Sob medida para receber poderosos, o imponente complexo esportivo conta ainda com diversas áreas destinadas às compras, com direito a lojas especiais de grifes de luxo, como Nike, Lacoste e Polo Raulph Lauren, que oferecem com exclusividade coleções que têm o tênis como inspiração, além de vitrine com cobiçadas peças da sofisticada joalheria Tiffany & Co.
Em dias de chuva, como os enfrentados no fim de semana em que deveriam ocorrer as finais, inúmeros telões e TVs de alta definição reproduzem partidas históricas realizadas nas quadras do complexo. Até mesmo as poderosas máquinas utilizadas para retirar a água acumulada e secar o chão da quadra rápida viram atrações para o público, que insiste em permanecer no local para ver seus ídolos jogarem.
O ex-tenista Andre Agassi (39), oito vezes campeão de Grand Slam, foi homenageado neste ano pelo trabalho beneficente que realiza. Ele encerrou sua carreira no US Open de 2006, após 21 participações consecutivas, iniciadas em 1986. Atualmente, o americano se dedica à política educacional e a sua fundação em Las Vegas.
A presença de Kirmayr no estádio e na Suíte Premium de CARAS fez a bandeira verde-e-amarela ter destaque especial na temporada 2009 de tênis, como as diversas personalidades do cinema, da televisão e do esporte internacionais que disputam os flashes em plena arena nova-iorquina. Além de conhecer astros e ser reconhecido por outros ex-tenistas, o treinador ganhou a atenção do pai das irmãs Williams, Richard (67), técnico e administrador da carreira da dupla. Foi um encontro rápido, mas com tempo para um cumprimento e palavras de saudosismo e incentivo às futuras empreitadas de ambos. O ilustre brasileiro, que preparou os convidados de CARAS para brilharem nas exclusivas quadras do Queens no segundo ano de participação da revista no Pro-Am, se orgulhava ao ser assediado por jogadores profissionais - na verdade, amigos de longa data, alguns deles revelando interesse em elaborar projetos futuros ao seu lado. Pat Cash, por exemplo, quer seguir seu exemplo e construir um centro de treinamento nos moldes do mantido pelo ex-técnico em Serra Negra, interior de São Paulo, o Centro de Treinamento Kirmayr, que fica ao lado de um hotel fazenda. Já Vilas conversou com o amigo para tentarem organizar juntos uma espécie de jogo Pro-Am, mas fora do US Open. "Eu me sinto em casa aqui em Flushing Meadows. O que me toca realmente é que as pessoas que fazem o Pro-Am estão todas com um sorriso no rosto, prontos para atender às diferentes necessidades de cada jogador amador. Por isso, não tem como não ser bom", definiu o carismático mestre, conhecido também pela vitoriosa dupla que formou no passado com o tenista Cássio Motta (49).
Seu currículo é extenso: como jogador, Kirmayr defendeu o Brasil na Copa Davis durante 15 anos, entre 1971 e 1987. Foi o melhor brasileiro no ranking do esporte durante cinco anos e derrotou campeões que hoje se tornaram amigos e com quem se encontrou no campeonato deste ano, como Ivan Lendl, Ilie Nastase e John McEnroe.
O brasileiro disputou no total 28 finais de torneios da Associação de Tênis Profissional, a ATP, e alcançou, com o apoio do parceiro Cássio, o posto de quinta melhor dupla do mundo.
As demais partidas do US Open também chamaram a atenção. Uma final surpreendente nesta temporada foi a de duplas mistas, em que a americana Carly Gullickson (29) e seu compatriota Travis Parrot (22) derrotaram a zimbabuense Cara Black (30) e o indiano Leander Paes (36), cabeças-de-chave número 2 e campeões da temporada passada do torneio, conquistando o título desta edição em uma hora e seis minutos. Já o troféu masculino de duplas ficou com Leander Paes e o checo Lukas Dlouhy (26). A categoria feminina viu a vitória da dupla Venus e Serena Williams (28), as irmãs da família que não teve a mesma sorte na disputa individual. Na semifinal, Serena se desestabilizou com a marcação de um foot falt e começou a gritar com a juíza da partida. O desequilíbrio da americana facilitou a vida da adversária, a belga Kim Clijsters (26), que ficou com dois match points a seu favor e acabou vencendo a partida. Depois do incidente, classificado como um vexame pela mídia, a tenista pediu desculpas publicamente em sua coletiva de imprensa, mas as imagens de seu descontrole em quadra foram criticadas e exibidas exaustivamente por todos os canais de televisão dos Estados Unidos. "O ano todo eu passei sem cometer faltas na linha de saque e, de repente, nesse torneio, eles dão essa falta o tempo todo", tentou justificar-se. A atleta recebeu multa de 10,5 mil dólares por conta do tumulto em quadra. "Eu disse uma coisa que me rendeu uma penalidade. Infelizmente, foi no ponto final", lamentou.
Clijsters foi para a final de simples feminina e bateu a dinamarquesa Caroline Wozniacki (19). A respeito de sua vitória sobre a favorita Williams, a campeã do US Open de 2005 e ex-número 1 do mundo foi econômica: "É uma pena que uma partida em que eu jogava tão bem tenha terminado dessa maneira".
Mãe da pequena Jada (1 ano e meio), Clijsters não falou de competições futuras, disputa por ranking e nem de sua volta ao circuito profissional, depois de dois anos e meio sem atividades. "Enfim retorno para a minha casa, depois de três meses fora, entre competições e treinamentos intensos. Todo esse esforço é muito gratificante", disse a belga, que também agradeceu à recepção calorosa dos fãs. Logo após o término da partida que a consagrou campeã e a trouxe de volta aos holofotes do tênis profissional, ela correu em direção à filha, em quem deu um forte abraço. Emocionada e com a pequena no colo, confessou que não esperava os resultados obtidos com apenas dois meses de preparação.
Terminado o badalado circo do tênis nova-iorquino, marcado por pódios surpreendentes e a consagração de novos campeões, o grupo de vips brasileiros retornou para o Castelo de CARAS, onde, à noite, confraternizaram no jantar em comemoração à sua participação no Aberto dos Estados Unidos. Para voltar para Tarrytown, nos arredores de Manhattan, os famosos tiveram à disposição um confortável e charmoso veículo, tipicamente americano e personalizado, o mesmo oferecido pela organização do tradicional torneio às grandes estrelas da competição.