Até quatro anos atrás, o nome da top Gisele Bündchen (27) era desconhecido para Chris Jurach (20). Natural de Curitiba, a modelo confessa em temporada no Castelo de CARAS, em Tarrytown, NY, que nunca pensou em seguir carreira no mundo fashion. "Todo mundo dizia que eu deveria ser modelo, mas não sabia nem o que elas faziam", relembra ela, que não tinha muita certeza sobre a profissão. "Não tenho a beleza brasileira, não me achava bonita", justifica Chris, de ascendência polonesa. Porém, devido à insistência de um primo, ela compareceu a um casting na capital paranaense e, depois de ser escolhida, mudou-se para São Paulo. Nos seis meses que ficou na cidade, conta que passou por um problema um tanto curioso. "Ninguém trabalhava comigo porque eu era magra demais", explica ela, que hoje pesa 53 quilos em 1m80 e viu sua carreira decolar.
Após morar em Paris e viajar boa parte do mundo, a modelo desembarcou em solo nova-iorquino em 2007. Em sua bem-sucedida trajetória, desfilou para grifes como Louis Vuitton e Marc Jacobs e estilistas como Richard Chai. "Foram trabalhos muito gratificantes, que me deixaram bem feliz", ressalta ela, uma apaixonada pelo agito da Big Apple. "Adoro apreciar as ruas. Para me divertir, gosto do Central Park e jantar com os amigos. A companhia deles é importante aqui onde as pessoas são tão frias", atesta Chris, que divide apartamento nos Estados Unidos com as também modelos brasileiras Renata Kuerten (21) e Carol Demarqui (18).
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A solidão é parte ruim da profissão?
- Às vezes me sinto sozinha, sim, mas já cheguei a morar com nove brasileiras aqui, o que faz a gente se sentir melhor. A saudade da família aperta, mas essa foi a vida que escolhi, então é o preço, né? Tem também a pressão dos bookers, os calçados apertados ou largos demais... No meu primeiro desfile aqui em NY, meu sapato voou pela passarela (risos). Saiu até em jornalzinho, mas tudo bem.
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O que é preciso para ser boa modelo?
- Ser guerreira e ter força de vontade e dedicação para aguentar tudo que acontece em volta, a falta de rotina, os horários loucos. Além disso, muita disciplina e jogo de cintura.
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Como você se cuida?
- Por mais que eu seja magra, depois dos 20 a gente tem que abrir os olhos. Lá em casa fazemos uma alimentação saudável e nos obrigamos a malhar. Cuidados com a pele são fundamentais: nunca durmo de maquiagem, uso cremes especiais para o rosto e filtro solar. E, por causa da tintura e dos produtos usados no trabalho, nos cabelos uso uma máscara que substitui o condicionador várias vezes na semana.