Thiago Arancam apresenta Diego e conta o que espera para o futuro do filho

Ao som da ária Nessun Dorma, de Puccini (1858–1924), nasceu Diego (3 meses), primeiro filho do tenor paulistano Thiago Arancam (32) e da italiana Michela Rovegno (33). Radicado na Europa, o casal trouxe o pequeno pela primeira vez ao Brasil. O motivo? O papai acaba de brilhar no Theatro Municipal de SP, como Don José, o protagonista masculino da ópera Carmen, de Georges Bizet (1838–1875).

Dono de sólida carreira internacional com apadrinhamento de Plácido Domingo (73), cuja admiração conquistou ao vencer concurso organizado por ele, Thiago está absolutamente encantado com a paternidade. Tranquilo, Diego não é de reclamar e dorme bastante, o que permite que os pais também o façam. “Se eu tivesse certeza que meus outros filhos seriam como ele, eu teria dez”, diz ela. “Onze! Para formar um time de futebol”, completa Thiago, torcedor do Corinthians. “Diego é tão sossegado que nem parece nosso filho. Eu e Michela somos muito agitados e acho que ele veio para equilibrar”, analisa o tenor.

Thiago assistiu ao parto do filho e surpreendeu a equipe médica. “Eu segurava a filmadora e o médico me  deu a tesoura para cortar o cordão umbilical do bebê. Eu peguei com a outra mão e não parei de filmar. Aí, o médico me perguntou: ‘Poxa, o que mais você consegue fazer?’ Eu falei: ‘Se precisar, eu canto’. E cantei mesmo”, relembra. “Ele dorme tão rapidamente que nem é preciso cantar para ele; e Diego prefere conversar mesmo”, brinca ela, que administra a carreira do marido, referindo- se aos variados sons que o adorável herdeiro já balbucia. “O meu sonho é que ele tenha saúde e siga o nosso exemplo: seja batalhador, que tenha a capacidade de enxergar que as coisas não são fáceis na vida e que a gente precisa lutar para conquistá-las. Embora a gente viaje muito — a nossa casa é o mundo —, quero que ele tenha uma referência de família, uma base sólida”, afirma Thiago. “Quero que ele seja feliz e faça o que quiser na vida. Só não o aconselharei a ser cantor de ópera, pois é uma vida difícil. Quero também que constitua família, é muito bom ter alguém do seu lado sempre”, acrescenta Michela, com o português na ponta da língua.

A magia de ser pai fascina Thiago. “Quando Diego nasceu, percebi que não tem carreira nem dinheiro que substitua o amor por um filho; percebi o significado real da vida e do amor. Com o homem, é diferente da mulher, que o carrega na barriga durante a gravidez. O homem sente mesmo o mistério da vida somente quando o filho nasce”, diz ele, que já identifica características suas no herdeiro. “Quanto ao caráter ainda não dá para saber como ele será, mas vejo que fisicamente se parece um pouco comigo e temos até os mesmos gestos. Michela fez uma foto minha dormindo ao lado dele e estávamos exatamente na mesma posição, com as mãos, os pés e o corpo do mesmo jeito. É uma foto incrível!”, revela o tenor, embevecido.