Kelly Clarkson se diz desapontada com sua geração, questiona cantoras que usam o corpo para se promover e afirma que não entende como a homossexualidade ainda gera polêmica
Mãe da pequena River Rose, de 10 meses, a cantora Kelly Clarkson afirmou em entrevista que não se importa com a orientação sexual da filha. "Eu não ligo. Isso é o que eu espero para ela: eu apenas espero que ela encontre um amor. Eu demorei um tempo, cara. E tiveram muitas dores de coração ao longo destes anos. Então, contanto que ela esteja feliz, eu não ligo, e nem meu marido [Brandon Blackstock] liga. E nós temos duas outras crianças [do primeiro casamento de Brandon], e nós não ligamos se elas forem gays também", afirmou em entrevista ao PrideSource.
"Eu iria falar: 'Que incrível! Quando conheço ele ou ela?'. É tão engraçado, porque eu nem registro no meu mundo como algo diferente. Não sei como. Mas é, eu não registro e estou feliz por isso", completou.
Kelly comentou que tem dificuldade para entender como as pessoas ainda criam polêmica em cima do assunto. "Acho tão ridículo que nós ainda estamos falando sobre direitos dos gays. Eu vivo em um mundo onde as pessoas são aceitas, então é muito difícil para mim entender que isso ainda existe. É difícil colocar isso no meu cérebro", comentou. No seu último clipe, Heartbeat Song, ela colocou um casal gay, mas afirma que não teve a intenção de fazer nenhum protesto para a causa homossexual. "Eu estava fazendo uma manifestação para quem perder o amor e pela esperança de que você ainda pode encontrar alguém, independente da forma que o amor venha. Não foi algo proposital. Amor é amor em qualquer relação que ele apareça", disse.
Criada em uma igreja protestante, Kelly contou que nunca deu bola para o que a doutrina falava. "Eles também diziam 'não beba e não dance', mas nós bebemos e dançamos [risada]", contestou. "Eu fui ensinada a aceitar todo mundo como são e eu admiro minha mãe por isso. Ela nunca me ensinou a odiar ninguém", falou.
Em seu novo disco, Piece by Piece, que foi lançado nesta terça-feira, 3, no iTunes, Kelly criou uma música chamada I Had a Dream, onde questiona o comportamento da geração dela. "Você olha agora e nós ainda continuamos discutindo sobre raça, sobre direitos iguais para todos... Você não achou que nós teríamos superado isso? Você não achou que nós seríamos mais? Eu acabei escrevendo uma música sobre isso porque é algo triste. Eu sinto que nossa geração... eu acho que nós poderíamos ter sido mais", disse.
A cantora também questionou outras artistas que se apoiam no corpo para construir uma carreira. "Eu apoio o sexy. Eu amo um vídeo sexy. Eu não me importo com isso. Eu só me importo quando as pessoas baseiam toda a carreira delas nisso", comentou. "Algumas dessas mulheres tem vozes incríveis e ideias incríveis, elas tem mais para oferecer do que só o corpo", disse.
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