LUTO

Filhos de Rita Lee contam como eles e o pai Roberto de Carvalho lidam com falta dela

João e Beto contaram também sobre o futuro dos diversos escritos que Rita Lee deixou em casa

por Luiza Fernandes

lbervian_colab@caras.com.br

Publicado em 30/05/2023, às 11h02

Filhos de Rita Lee relatam luto - Foto: reprodução/Instagram

Os filhos da cantora Rita lee (1947-2023), João Lee (44) e Beto Lee (46), contataram como eles e o pai, Roberto de Carvalho (70), tem lidado com a saudade dela, que morreu no último dia 8. Eles afirmam sentirem falta das piadas, do cheiro e dos passeios pelo sítio da família.

Ao jornal O Globo, eles falaram sobre detalhes da vida da e morte da mãe. Beto contou que chegou a pedir que a mãe o visitasse após a morte e ela disse que ele "poderia contar com ela". 

"Tem duas fases: a primeira é atravessar a tristeza e a saudade. A segunda, é refazer a vida. É uma ferida que nunca vai cicatrizar completamente. Mas, é isso aí, é keep going, movimento pra frente, como ela gostaria que fosse", disse Beto.

Eles contaram que a primeira noite sem a mãe foi muito difícil e que depois passaram a procurar conexões com ela, no cheiro das roupas, na cama e onde mais ela passou boa parte de seu tempo.

"Aí, do nada, dá um calor gostoso, sinto ela do meu lado, parece que está me encostando", disse João. Eles ainda contaram como tem sido para o pai, que foi o grande amor da cantora por quase 50 anos.

"Não tem sido fácil para ele voltar e ver o sofá onde ela ficava, a mesa de jantar, as roupas, a cama… Então, ficaremos um pouco nessa dinâmica: juntos", disse João.

"São duas almas que se encontraram no cosmos pelo amor e pela música. E um sempre soube destacar bem os créditos do outro, o que havia de melhor no parceiro. Química é uma coisa muito louca, né? Pode dar certo ou não. Os Ramones, por exemplo, banda que minha mãe amava: os caras se odiavam, mas, de algum jeito, dava certo. No deles, deu muito certo. É raro um casal hitmaker como eles", afirmou.

Livro de tweets

Escritora e criadora assídua, Rita Lee deixou cadernos com composições de músicas, pensamentos e até 400 tweets inéditos, que devem virar um livro em breve. 

"A gente conversou muito sobre esses projetos. O legal é que tudo continuará sendo contado em primeira pessoa. Há tempos também vínhamos conversando sobre criar uma fundação. Porque há as cenografias dos shows, as roupas que ela fazia… Tem até o quimono que o Arnaldo usou em capa de disco… Está tudo no sótão dela, organizadinho. Também conversamos sobre criar um software nosso que simule a voz dela e disponibilizá-lo para o público produzir música, e sobre a possibilidade de criar um robô que tivesse a personalidade dela, um boot que fosse treinado com textos, documentos, tuítes dela para que as pessoas pudessem interagir", contou João, que está a frente de vários projetos com o rosto da rainha do rock.

Luiza Fernandes é jornalista pela faculdade Cásper Líbero. É apaixonada por viajar, ler e comer em bons restaurantes. Escreve sobre celebridades e cinema.

Rita Lee Rita Lee Roberto de Carvalho

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