Chrigor diz que se arrepende de ter deixado Exaltasamba, mas sua saída fez bem para a banda

O cantor fala sobre a experiência de dividir o palco com Péricles e Thiaguinho no projeto 'A Gente Faz a Festa' e avalia sua carreira. "Deus tinha que trabalhar na minha vida", diz

Kellen Rodrigues Publicado em 08/07/2015, às 14h27 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

Thiaguinho, Chrigor e Péricles - Araújo, Caio Duran e Eduardo Martins / Azzi Agency/Divulgação

Quase 13 anos se passaram desde que Chrigor tomou a decisão de deixar o Exaltasamba, onde dividia os vocais com Péricles. Sua saída ocorreu quando ele estava fragilizado após a morte do pai e queria um tempo para descansar. A decisão acabou resultado na chegada de Thiaguinho e deu novo fôlego à banda.

Hoje, aos 41 anos, Chrigor volta a dividir o palco com Péricles e canta pela primeira vez com Thiago no projeto A Gente Faz a Festa, criado para comemorar o que seria o 30° aniversário do Exalta (completados em 2016, se a banda não tivesse encerrado suas atividades em 2012).

Em um bate-papo com CARAS Digital, ele fala sobre a nova experiência, os shows do projeto Amigos dos Pagode 90, seus arrependimentos e sonhos. "Me arrependo por ter saído, mas não pelo que aconteceu com o Exalta. Porque se eu não tivesse saído não teria acontecido", acredita. Confira!

Como está sendo voltar ao palco para cantar os sucessos do Exalta?
Está sendo ótimo. Tive a oportunidade de rever os amigos, compartilhar com eles e fazer o que a gente mais gosta e sabe fazer. Fui convidado pelo Fábio (empresário dos cantores), conversei com o Péricles e com o Thiago. Eles estavam com o coração bem aberto para isso. O Exaltasamba é a verdade da minha vida, no sentido de música. Se hoje eu sou uma pessoa conhecia foi o Exalta que me deu essa oportunidade, fora a família que foi criada, foram dez anos na banda.

Quando você olha para trás, para a sua história. Algum arrependimento?
Acredito que tudo que acontece na vida é para o crescimento. Não faria algumas coisas, mas outras eu faria de novo. Tudo foi válido.

Mas você se arrepende de ter saído do Exalta?
Me arrependo porque deixei passar um tempo grande, eu teria mais contato com as pessoas que estou tendo hoje. Mas foi bom para ter aprendizado. Deus tinha que trabalhar na minha vida. Me arrependo por ter saído, mas não me arrependo pelo que aconteceu com o Exalta, porque se eu não tivesse saído não teria acontecido. Foi bom. Às vezes é melhor que a mãe dê a criança para outra pessoa cuidar, para o bem dela. Espiritualmente eu não estava nem, meu pai tinha morrido... Eu queria ficar em casa, mas ninguém deixou. Até porque eu acho que a música faz parte da minha vida.

Tenho a impressão que as pessoas estão nostálgicas, gostam de ‘voltar no tempo’. Você sente isso?
Na verdade eu acho que aquilo que é bom perdura, se eterniza. Exemplo disso é Caetano, Gil, Chico Buarque. O show é dinâmico a ponto de emocionar, fazer sorrir e chorar. Estou no projeto Amigos do Pagode 90 (ao lado de Márcio Art, ex-Art Popular, e Salgadinh, ex-Katinguelê) e cada dia que a gente faz o show é uma emoção diferente. Acredito que tem sido até uma terapia, não só trabalho, mas uma diversão também. Em todos têm surtido um efeito de emoções muito amplas.

Você conviveu muitos anos com o Péricles, mas o Thiaguinho chegou depois que você saiu da banda. Vocês são amigos?
Em tudo aquilo que eu me envolvo primeiro tenho que ter amizade. Ele é muito parecido com todos do Exalta, muito humilde, muito humano, uma pessoa carismática, querida. E o samba do Exalta é isso, é de verdade.

Você estará na turnê com eles no ano que vem?
A turnê não sei ainda, por causa do Amigos do Pagode 90. Mas os show que eu puder conciliar eu quero estar sim. Eu também trabalho em carreira solo, mas o Amigos tem sido uma coisa muito boa. É uma amizade que já vem de muitos anos, me faz bem.

Falando em carreira solo, quais são seus próximos projetos e seus sonhos?
Meu sonho, na verdade, é fazer uma roda de samba do tipo Fundo de Quintal, ter essa malandragem do Cacique de Ramos, acho que aquilo ali é o que é o samba, que às vezes é muito discriminado. Para a minha carreira solo eu vou gravar um samba com um grande artista que é o Nego Branco, a música se chama Batuque na Cozinha. Vamos fazer um clipe também.

Os shows A Gente Faz a Festa - com Thiaguinho, Péricles e Chrigor - acontecem todas as quintas de julho no Audio Club, em São Paulo. Eles farão turnê pelo Brasil em 2016.

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