por Janaina Pellegrini
O universo lúdico, colorido e apaixonante do gênio dos quadrinhos
Mauricio de Sousa (71) ultrapassa fronteiras e estrapola formatos. Referência no Brasil desde 1959, época em que foi publicada a primeira tira do Bidu, a Turma da Mônica hoje encanta leitores em nove países. Por aqui, os personagens pularam do gibi para o cinema com louvor - seu último filme,
Turma da Mônica - Uma Aventura no Tempo, lançado em fevereiro, já foi visto por mais de meio milhão de pessoas. Para comemorar a marca, Mauricio resolveu relaxar com a família na Ilha de CARAS, em Angra dos Reis.
Pai zeloso de 10 filhos, avô carinhoso de 11 netos, bisavô coruja de um bisneto e marido dedicado. Assim é Mauricio, que exibe a sólida relação familiar estabelecida em um casamento de 24 anos com
Alice Keiko (56) - com quem reatou a união em 2005, após sete anos de separação. Ao lado de seus herdeiros com Alice,
Marina (21),
Mauro (20) e
Maurício Takeda de Sousa (18), ele deixa claro que também mima os cerca de 250 personagens a que já deu origem.
"Cada um tem significado especial", conta Mauricio, que iniciou a carreira como repórter policial na
Folha de S.Paulo.
Toda esta trajetória de conquistas é creditada à família. Mauricio também é pai de
Mariângela (47),
Mônica (46),
Magali (45) e
Maurício Spada e Sousa (38), do primeiro casamento, as gêmeas
Wanda (37) e
Valéria Signorelli e Sousa (37), de outra relação, e do pequeno
Marcelo de Sousa (7). Quase todos trabalham com ele, que já achou sua sucessora no clã.
"A Marina desenha muito bem. Acho que irá ocupar o meu lugar", torce ele.
- Como é ser pai, Mauricio?
Mauricio - Um filho não vem com manual. Já fui muito exigente. Hoje, tenho consciência de que é preciso dialogar e deixar que eles tenham o próprio espaço.
- E o pai Mauricio de Sousa?
Marina - É unânime entre nós. Ele é um paizão e o nosso ídolo.
- E o Mauricio marido?
Mauricio - Sou um eterno apaixonado. A Alice é linda, inconquistável. Como artistas, todos os dias podemos inventar momentos criativos e românticos. Isto é infinito quando se ama.
- É isso mesmo, Alice?
- Sem dúvidas. Temos forte ligação e entendemos um ao outro.
- Mauricio, como é ser um símbolo da história?
Mauricio - Dizer que construí isso é bobagem. Tenho que manter, sustentar e preservar o acervo que montei, que não é meu. Ele faz parte da cultura do país. É aí que entram meus filhos e as pessoas que treino. Gostaria que eles prosseguissem com essa história.
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FOTOS:
ISMAR INGBER