Responsável pelo caramanchão e a pérgula, primeiros locais que o convidado vislumbra ao pisar na Ilha,
Julinha Serrado (61) exultou ao descobrir que seu tema era o próprio Cristo. "
Nasci em Fortaleza, morei alguns meses na Bahia, mas desde os cinco anos de idade estou no Rio. Sou carioca de coração, não poderia ter uma motivação melhor do que esta, que já me inspira diariamente. Além do Cristo, o mar é minha outra grande fonte de idéias, de energia. E o incrível é que aqui tenho um ao lado do outro", disse ela. O Cristo foi estampado em almofadas de diferentes formatos para os sofás da pérgula. Para o estofamento, Julinha preferiu inovar e optou por tons de laranja. "
Como estamos entre o mar e o verde, é comum usarmos tons frios. Preferi ir para a terra e puxei tudo para os alaranjados. No início, só pensei nisso, mas também gostei desta idéia porque ficou alegre e aconchegante. E o Cristo é isso, aconchego", disse a arquiteta. Em torno da estrutura de bambus, cortinas com barra no mesmo tom dos sofás emprestam sofisticação ao espaço. E para as noites de verão ao ar livre, luminárias com cúpulas com o desenho do calçadão de Copacabana, outro símbolo do Rio.
Já no caramanchão, Julinha optou por expor ainda mais o Cristo. Um biombo em tons metálicos com 3 metros de largura e 2 de altura, executado pela artista plástica
Isabela Francisco (47), estampa o monumento e vários cenários cariocas. "
Preferi um biombo em lugar de uma tela de quadro tradicional justamente para que ele possa ser trasnferido de lugar com maior facilidade. Assim, a cada dia, pode-se dar uma cara nova ao ambiente sem muito trabalho", explicou.
Nos outros espaços do caramanchão, a arquiteta optou por sofás, poltronas e pufes de fibras naturais, criando nichos para animados batepapos. O estofamento também ganhou desenhos, com tecido de folhagens que mistura tons de laranja e de verde. Já o bar recebeu tinta dourada da linha acrílica perolada C188 e cadeiras que reclinam e possuem regulagem de altura. "
Sei que este é um dos lugares mais usados na Ilha. É onde as pessoas se reúnem quando querem tomar um drinque e conversar. Por isso a prioridade tinha que ser o conforto", concluiu Julinha.