Globeleza, a famosa vinheta de Carnaval da Globo, completa trinta anos de estreia na televisão brasileira
Globeleza, a famosa vinheta de Carnaval da Globo, completa trinta anos de estreia na televisão brasileira. Várias artistas já fizeram parte da produção, que ficou conhecida pelo protagonismo de belas mulheres sambando, cobertas apenas com tinta e brilho.
O especial, que gerou muitas controvérsias acerca da objetificação do corpo da mulher, teve sua última transmissão em 2020. Em seus quase trinta anos de exibição, a Globeleza representou a cara do Carnaval da emissora Globo, e marcou gerações com sua ousadia. Com isso, a CARAS DIGITAL selecionou as musas que já protagonizaram a vinheta desde seu surgimento até seu encerramento, confira:
Completando 30 anos de sua estreia como Globeleza, Valéria Valenssa inaugurou o posto na famosa vinheta de Carnaval da Globo em 1993 e ficou mais de dez anos no cargo. O criador da vinheta, Hans Donner, foi contratado para encontrar um rosto que representasse o Carnaval da Globo.
Após muito tempo de busca no Brasil inteiro, ele finalmente encontrou sua Globeleza. "Procurei mulheres no país inteiro [para ser a Globeleza] e não consegui achar. Ela [Valéria Valenssa] já estava desiludida, havia virado vendedora da C&A. Procurei por dois anos e não achei. A minha produção foi atrás e a encontrou vendendo roupa para criança na loja em Madureira [na zona norte do Rio de Janeiro]", contou ele em entrevista para o UOL. Ele se impressionou tanto com a musa que até se casou com ela.
Nas vinhetas, Valéria apareceu quase sempre coberta apenas por pinturas corporais coloridas e brilhantes e virou sinônimo de Globeleza. Ao deixar o cargo em 2005, ela entrou em depressão. "Tive os piores dias da minha vida e, graças a Deus, estou curada e feliz", contou em entrevista ao UOL.
Em 2005, a musa do Carnaval da Globo foi Giane Carvalho. Escolhida por uma votação pública no antigo programa Domingão do Faustão, ela substituiu a pioneira no posto. Na vinheta daquele ano, Valéria, a primeira Globeleza, passou o cargo para a sucessora, que participou como titular apenas por um Carnaval.
No ano seguinte, Aline Prado foi contratada como Globeleza de 2006 a 2013. Assim como suas antecessoras, a garota aparecia nas vinhetas com apenas pinturas cobrindo seu corpo. Ela foi musa do Carnaval da Globo durante sete anos, até que a emissora anunciou outra votação para renovar a Globeleza.
Em 2016, quem ocupou o cargo de Globeleza foi Nayara Justino. Ela foi escolhida em uma votação pública no Fantástico, da Globo. Ela também ficou apenas por um ano como musa da vinheta, e foi a primeira Globeleza a relatar ter recebido ataques racistas. "Eu sofri muitos ataques pela internet. Muita gente fazia comparações com personagens que não eram legais. Me chamavam de macaco, Zé Pequeno, e por aí vai. Eu já tinha sofrido isso, mas não nessa proporção. Eu não tinha como me defender", desabafou ela em entrevista ao Programa do Gugu, no ano de sua participação do especial de Carnaval.
"Eu não queria sair, não queria falar com as pessoas, chorava muito. Até hoje eu choro. Foi uma coisa que me marcou muito", contou ela. Retirada do cargo, a artista não pode se defender dos ataques, como explicou na entrevista: "Quando eu apareci, eu meio que dei uma levantada no título (de Globoleza), e depois me tiraram do posto. Não tenho revolta por terem me tirado, mas o problema é que eu não pude me defender das ofensas que recebi".
Erika Moura foi a última musa a participar como Globeleza na vinheta de Carnaval da Globo. Ela viveu a transição de 2015 a 2020, último ano que a Globo exibiu o especial. A artista começou no posto com o tradicional enfoque na nudez, para, em 2017, dividir o foco com mais pessoas e elementos carnavalescos. A emissora, com a premissa de explorar a diversidade e a riqueza do Carnaval brasileiro, misturou o frevo, o maracatu, o axé, o bumba meu boi e as festas tradicionais, além do carnaval de avenida. Na sua última edição, a Globeleza Erika já contava com vestimentas ao invés de ter apenas o corpo coberto por tintas e brilhos.
Apesar do especial com as famosas musas ter acabado, a Globo ainda conta com a vinheta para embalar o Carnaval em um novo formato. Em 2022, por exemplo, o samba tema da Globeleza, criado por Jorge Aragão e José Franco Lattari, foi interpretado pela primeira vez por uma mulher, a cantora Teresa Cristina.
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