Na Embaixada de CARAS, ela comenta recente separação e revela projetos
Há menos de um mês, a apresentadora Maria Cândida (39) e o empresário Oscar Ungarelli (36) romperam um relacionamento de dez anos. Com lágrimas nos olhos, ela não esconde que está sofrendo muito. "Foi um baque. Nunca imaginei o fim. Não sei se é meio pueril, muita ingenuidade, mas pensei, sim, que o casamento fosse para o resto da vida. Então, é muito difícil falar disso", conta ela, em entrevista exclusiva durante estada na Embaixada de CARAS, no MalaMala Game Reserve, e no hotel seis estrelas The Palace, em Sun City, ambos na África do Sul. A alegria e os prazeres que desfruta na viagem, as lembranças da filha, Lara (4), e os novos projetos profissionais servem para atenuar a dor. "Precisava ser forte na frente da minha filha. E os desafios no trabalho me motivam", justifica. - Por que vocês dois resolveram se separar? - O casamento foi maravilhoso, do início ao fim. Começou e terminou feliz. Não rompemos porque brigamos, muito pelo contrário. Terminou porque somos muito amigos. Viramos mais amigos do que casal. Vimos, então, que era hora de nos separar. - Há chance de reconciliação? - Não penso nisso. Já estamos morando em casas separadas, as vidas já estão separadas. Por isso, não vejo chance, pelo menos por enquanto, cada um já está vivendo o seu próprio caminho. - Como foi a conversa que levou ao rompimento? - Há um ano venho percebendo que começou a esfriar. Tivemos várias conversas, mas sempre na boa. Ano passado, para gravar um programa na Record, viajei muito. Durou de setembro a dezembro. Foram quatro meses longe de casa. Viajava 20 dias, voltava e partia de novo. Me afastei muito. Acho que isso também influenciou. Talvez a profissão, na qual viajo tanto, tenha me feito abdicar um pouco da vida pessoal e familiar. Tudo tem um preço. Embora Oscar diga que não, acabamos ficando muito separados. - Como está sendo com Lara? - Ótimo. Conversamos e ela aceitou bem. Mostramos que continuamos uma família, nos amando, e é verdade. Só não somos mais namorados. Ela entendeu. Como ninguém briga, nos gostamos e nos respeitamos, a criança acaba aceitando bem. E não existe fim de semana de um ou outro. Ele vê a Lara na hora que quer. - O que mais doeu para você? - Tantas coisas... É terrível perder a família, chegar em casa e não estarmos juntos. Dói muito. É como se faltasse algo dentro de mim. Sofro muito com isso ainda. Mas todo mundo diz que passa. - E seus sonhos românticos, estão destruídos? - Sim. Esse de viver a vida inteira com a mesma pessoa foi o principal deles. É a primeira vez que isso acontece comigo, e foi totalmente inesperado. Quando digo que nunca imaginei me separar, falo sério. E, de repente, acabou e a gente se vê no meio dessa situação. Não tenho idéia do que vai acontecer. Não sei se vou ter namorados, casar de novo, se terei mais filhos ou ficarei solteira para o resto da vida. Nem sei se passa mesmo. Converso com as pessoas e elas dizem que sim. Acre dito na experiência dos outros. - Acha que falhou ao deixar uma paixão virar amizade? - Demorou muito tempo para a gente virar amigo. Mas acho que sempre temos o que melhorar. Poderia, sim, ter dado mais atenção a alguns detalhes, ter sido mais cuidadosa, prestado mais atenção. Mas aprendi, estarei mais atenta. - Terminar ainda sendo amigos torna tudo mais difícil? - Realmente, se tivéssemos brigado, seria mais fácil. É horrível dizer isso, mas saberia o por quê. Agora, é mais digno acabar deste jeito. Prefiro assim. Pela minha filha, pelas famílias. - Quer encontrar alguém? - Agora não quero nada nem ninguém. Preciso pensar na minha vida, reconstruir meus sentimentos, voltar ao que era quando estava sozinha. Preciso me reestruturar. Não consigo ter uma relação do jeito que estou agora, ainda muito ligada ao casamento. Quero sair com os amigos, me divertir. E, se um dia cruzar com alguém que faça meu coração bater mais forte, por que não? - Profissionalmente, você também passa por mudanças... - Para o programa Doze Mulheres, visitei 12 países e em cada um deles entrevistei 12 mulheres. Estou transformando essas conversas em um livro que será lançado perto do Natal. Saí da Record para poder escrevê-lo. Tinha em mãos um conteúdo incrível e não queria perdê-lo. Paralelo a isso, virei produtora independente e estou com um programa pronto para TV. Não posso falar o nome, mas será de reportagens também sobre mulheres. Deve ir ao ar no meio do segundo semestre. - Não se sente insegura com mais esta mudança? - Adoro desafios. A Record queria que eu ficasse, mas preciso do novo. Com isso, realizo meu grande sonho de ser independente. Não sou funcionária de ninguém. Faço exatamente o que quero. - Por que o foco sempre no universo feminino? - A mulher é o grande personagem deste século. Há dez anos visitei o Vietnã e elas apenas cuidavam da casa. Fui ano passado e vi que elas trabalham, cuidam do marido, dos filhos e são extremamente felizes com isso. É maravilhoso ser testemunha dessa mudança. As mulheres têm um papel preponderante no mundo, quero analisar e entender este panorama. - Qual é a grande dificuldade que as mulheres enfrentam? - Ainda é o machismo. - E qual é o papel do homem atualmente? - Entrevistei uma feminista na Holanda e ela falou que o novo feminismo precisa ter sempre o homem ao lado da mulher. O papel é este, estar ao lado dela em toda sua caminhada. - O que aprendeu? - Voltei dessas viagens mais madura, mais culta, mais mulher e mais independente.
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