Muitos casais reclamam que problemas no casamento devem-se ao “estresse da vida diária”, às dificuldades no trânsito, no escritório, à falta de dinheiro e não ao casamento em si e à diminuição do amor. Mas é necessário diferenciar o estresse da irritação resultante de incidentes rotineiros e desagradáveis, como chegar em casa nervoso por desavenças no trabalho ou pela falta de tempo para o prazer imposta pelo ritmo frenético da atualidade. Descansar e dormir bem podem resolver esse tipo de coisa.
Estresse é diferente. É um mecanismo de nosso corpo para enfrentar mudanças e desafios, liberando adrenalina e outros agentes químicos, e é necessário para nossa sobrevivência. É como levar um susto, o coração acelera, a pele arrepia: estamos em estresse. Isso acontece não apenas diante de coisas negativas como a morte súbita de um parente, uma separação e bullying, por exemplo. Pode ser gerado também por uma viagem ou uma mudança; por tudo que exige uma readaptação, um enfrentamento.
A irritação constante e o cansaço do cotidiano podem, entretanto, ser chamados de um baixo nível de estresse que não deve ser uma constante. O trânsito, o atraso, muitos compromissos, falta de dinheiro... Isso vai se acumulando e interferindo em nossa saúde, vai provocando a liberação de adrenalina e de outras substâncias sem parar. Pode levar a quadros de pânico, depressão e dores crônicas. Se o emocional é afetado pelo estresse, aí, sim, pode interferir no casamento. A pessoa passa a culpar o companheiro ou a companheira por todos os problemas que enfrenta: “É ele que não ganha suficiente”, “É ela que não me compreende” ou “Ela é muito chata, muito exigente”. Em geral, porém, o estresse não causa brigas; mas brigas, agressões, gritos, mágoas e decepções amorosas é que podem causá-lo. Confrontos geram estresse.
É importante o casal saber dessas questões para preservar a sua relação. Como fazer isso? Em primeiro lugar, reconhecendo que precisa cuidar-se e ter paciência com o outro, e não jogar a responsabilidade de suas insatisfações sobre o parceiro. Deve ter tolerância e empatia com os sentimentos do outro e reconhecer que ele não é culpado, ou ela não é culpada. Ser compreensivo. Pode aproveitar o fim de semana para compartilhar sem cobranças ou exigências nem com as crianças. Ter contato com a natureza é excelente para descarregar. O exercício físico regular é muito indicado para descarregar o estresse acumulado. Ter bom humor também ajuda.
Mas o casal deve ter cuidado para não se cobrar demais com programas obrigatórios, que podem causar mais estresse do que relaxar. Nos feriados, por exemplo, que tal ir no contrafluxo e não viajar? Evitam-se estradas cheias e congestionamentos, que repetem as situações estressantes da cidade. Exigências de aproveitar demais e não perder nem um minuto também são estressantes. Assistir a uma boa comédia, cozinhar juntos, fazer uma horta e almoçar com amigos são algumas boas opções de atividades que podem aproximar o casal e ajudar a liberar as tensões cotidianas. O estresse é necessário, claro, faz parte da vida, mas deve ser liberado para não se acumular e causar doenças que podem, sim, afetar nossos relacionamentos.
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