A argentina e brasileira de coração eterniza a musicalidade da saudosa Mercedes Sosa
Ela nasceu com o tango pulsando em suas veias, mas foi só ouvir algumas notas de bossa nova e MPB para Mariana Avena (60) colorir seu DNA de verde e amarelo. “Tudo começou no início da década de 1980, quando fui convidada para integrar o grupo Raíces de América. Éramos argentinos, brasileiros e chilenos fazendo uma fusão do rock com o folclore. Nosso objetivo era divulgar e fundir a música latino-americana”, fala a cantora, que na época deixou sua querida Buenos Aires para viver em São Paulo. “Amo a música e a cultura do Brasil e adoro falar português. Digo que sou a argentina mais brasileira que existe”, diverte-se ela, hoje seguindo carreira solo e dividindo-se entre a capital argentina e Santos, no litoral paulista. Com 45 anos de profissão, desde 2014 a artista se dedica ao projeto Por Siempre Mercedes Sosa, show-tributo à Mercedes Sosa (1935–2009), uma das maiores cantoras da história argentina e cujo legado é ímpar. “Além de ser referência, tive a sorte de ser sua amiga. Com ela, aprendi a nunca perder a humildade e fazer as coisas com paixão”, frisa Mariana, que conheceu La Negra, como era chamada, ainda menina. “Cresci em uma casa frequentada por músicos e compositores e acompanhava as reuniões, sempre regadas a um bom churrasco. Mercedes era presença certa nos encontros”, recorda.
A atmosfera artística na qual passou a infância foi essencial para ela escrever sua história. “Todas minhas influências nasceram ali. Cheguei a fazer Engenharia. Quando estava no segundo ano, me deparei com uma disciplina chamada Estabilidade dos Materiais. Não, aquilo não tinha nada a ver comigo. Saí do curso e fui me dedicar à música.” Casada há 16 anos com Alberto Rewako (63), que também é seu empresário, Mariana credita ao amado sua inspiração, força e vitalidade. “Estar ao lado de uma pessoa que ama e cuida de você é fundamental”, atesta a mãe de Mariana Melissa (33), de relação anterior. “Alberto é meu braço direito e me inseriu no universo do empreendedorismo. Temos uma empresa de dublagem. Ele fez uma reengenharia em mim.” No palco, além da homenagem à amiga, Mariana hipnotiza o público ao incluir em seu repertório tangos e clássicos nacionais. “Minha missão é essa, fazer a fusão das músicas brasileira e argentina, fazer com que a música latinoamericana ganhe mais espaço”, diz ela, com o mesmo vigor do início da carreira: “O amor pela profissão é o mesmo, não sinto que tenho 60 anos”. Mais do que paixão, para Mariana a música é sinônimo de união. “Música é universal e une emoções e culturas”, detalha a cantora, que com sua voz desmistifica o imaginário de rivalidade entre os países. “Nós, argentinos, somos melancólicos como um tango, enquanto brasileiros são alegres como o samba. Esta diferença que une”, define a cantora, que tem na ponta da língua a resposta para qual o ritmo que vem regendo seu coração: “Levo o tango na alma, mas minha vida está mais para uma bossa nova”, finaliza.
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