Na fazenda Ana Bonita, Bell vibra com a nova fase e celebra a família: sua musa, Aninha, e os filhos, Rafa e Pipo
É difícil encontrar um espaço na agitada agenda do cantor Bell Marques (62). Mas, quando isso acontece, ele não pensa duas vezes. Com sua Ana Marques (51) e os herdeiros Rafael (26) e Felipe (20), carinhosamente chamados de Rafa e Pipo, da banda Oito7Nove4, segue rumo à sua fazenda, a Ana Bonita, em Cabaçeiras do Paraguaçu, a 158 km de Salvador. Cercado pela natureza, o artista repõe as energias e renova os laços familiares. “Chamamos aqui de oásis do sertão”, destaca Bell, responsável, junto com a amada, por cada detalhe do lugar.
“Você pode fazer a casa mais linda, mas se ela não tiver natureza, fica ‘pasteurizada’, ‘dura’. Entretanto, quando a natureza está presente, por mais simples que seja a casa, ela terá uma atmosfera de paz”, atesta ele. “Quase todas as árvores daqui foram plantadas por Bell. Era tudo terra árida”, lembra Aninha.
Junto há mais de 30 anos, o casal faz do local o cenário das lembranças mais doces da família. “É o lugar favorito dos nossos filhos e que abriga uma história bacana de nossas vidas”, diz ela. “Grande parte da minha infância foi aqui, entre a natureza e os animais”, afirma Pipo. “Reunir a família, curtir tudo sem influências do mundo externo é o que mais gosto de fazer”, emenda Rafa. “A família é tudo o que você pode precisar na vida. É a minha alma. Canto, choro, sorrio, sonho a partir da minha família. Ela é o meu olhar”, define Bell, inspirado. Na casa, os 14 quartos, sendo cinco suítes, acolhem amigos e familiares nas festas armadas pelo casal, em especial, na época de São João. “Trazemos um trio de forró ‘pé de serra’ e a festança se estende por alguns dias. É uma grande confraternização que fazemos já há algum tempo”, aponta Bell, cujo sorriso denuncia a alegria e satisfação com a nova fase que se inicia.
Após mais de 30 anos à frente da banda Chiclete com Banana, ele mergulha em desafio solo. “Estou fazendo algo que sempre quis: ser acompanhado por uma big band, com violino, violoncelo, guitarra, além do naipe de metais. Isso é uma novidade na música pop brasileira. O primeiro disco deve sair em junho”, adianta ele, que buscou inspiração no rock inglês dos anos 1980. Apaixonado pelo ofício, Bell também acaba de fundar a Núcleo 55, empresa que vai gerir, além de sua carreira, a dos filhos. “Sou movido a desafios e estou vencendo muitos deles. Ainda tenho muito com o que contribuir com a música baiana e brasileira”, destaca Bell.
Longe dos palcos, ele se rende à rotina e aos encantos da fazenda. Adora observar o pomar carregado de frutas e cria carneiros e galinhas. “Crio por prazer mesmo”, diz ele, enquanto alimenta as aves no seu Galinheiro das Estrelas. “Quando nasce um pintinho, batizo com o nome de pessoas queridas. Temos os galos Bell e Durval Lelys e até o franguinho Michael Jackson, que, quando cisca, parece estar fazendo o moonwalk, o famoso passo do Rei do Pop”, diverte-se o cantor.
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