COM BENTO, ANA E ANTÔNIA, DE SUA UNIÃO COM GLÓRIA PIRES, CANTOR DECLARA-SE PAI E MARIDO APAIXONADO
por Carlos Lima Costa
Ser pai é um dos maiores prazeres do cantor e compositor
Orlando Morais(44). Dedicado, ele curte cada particularidade da criação de sua prole com
Glória Pires (42):
Antônia (13),
Ana (5),
Bento (1) e
Cleo (23) - esta última, fruto da união da atriz com o cantor
Fábio Jr. (52), mas que Orlando tem como filha também. "
Meus filhos são o que há de mais importante para mim.", garante ele, sem esquecer de declarar-se também a Glorinha - que não acompanhou a família por estar se recuperando de uma hepatite, responsável ainda por seu afastamento temporário da novela global
Belíssima. "
Não casei para ser feliz. Casei para fazer alguém feliz.", afirma o maridão.
Vivendo o que define como sua melhor fase, Orlando inclui o trabalho entre os motivos de orgulho.
Tempo Bom, seu 9° CD, lançado no ano passado, marca os 15 anos de carreira profissional. Com o atual disco, após
Tanto Faz e
Esqueça, ele já emplaca outra música nas rádios,
Amor de Carnaval, com a participação do grupo Babado Novo.
-
Você é aquele paizão, do tipo que tem prazer em todos os aspectos da criação dos filhos?
- Venho de família grande, adoro tudo que diz respeito a filho, todas as fases: quando vão à escola pela primeira vez, a adolescência, ou quando retornam, como é o caso da Cleo, que após um ano voltou a morar em nossa casa. Vivemos de memórias afetivas. Mesmo tendo perdido meu pai aos 15 anos (
Orlando,
em acidente de carro), algo que sempre me deu segurança foi a forma como ele me abraçava, como se nada pudesse acontecer comigo. Quando você tem referências de amor, isso o faz uma pessoa melhor. Quero que as crianças sintam que deixar minhas coisas de lado para fazer as delas é uma questão de amor. Minha felicidade depende de que elas estejam bem.
- É diferente criar um menino ou uma menina?
- Totalmente. Meninas são mais fáceis de cuidar, correm e se machucam menos, são mais delicadas. Mas com todo furor que provoca na casa, Bento é sensível e só nos traz alegria. Tudo é encantador com meu filho.
-
Ainda tem a Cleo, que é bem mais velha e que você considera...
- Não considero, a Cleo é minha filha! Fiz com ela tudo o que se faz com uma filha. Quando você molda uma personalidade, aquilo é seu. Acho que até o sangue muda.
-
Glória e você pretendem aumentar a família?
- Meus filhos são o que tenho de mais importante. Mas quando a Glória teve o Bento, achei que ela devia ter feito a ligadura de trompas, porque perdemos dois bebês antes dele (
a atriz sofreu um aborto natural em 2000 e outro em 2003). Foram dois momentos que nos trouxeram tristeza profunda. Enfim, se vier será bem-vindo, mas outro filho não está nos planos.
-
Em seu atual CD você faz uma homenagem ao Bento...
- Toda vez que nasce um filho, seu ano se transforma, pois você compra fralda, faz menos barulho em casa... É normal que me transforme musicalmente. E cada um que nasce ganha uma música. Antônia, Cleo, Ana e o próprio Bento (
o choro dele) participam da faixa
Bento, e Antônia canta ainda em
Tempo Bom. Os meus discos transmitem a forma como eu sinto tudo.
-
Alguma nova canção inspirada em Glória?
- Neste disco não. Mas ela está inserida no contexto, tudo é meio dedicado a ela, a pensarmos juntos uma vida. É bom demais viver com a Glorinha. Admiro muito seu lado leonino de ter a família em primeiro plano.
- Qual é o segredo de sua união de 18 anos?
- É o amor, a disponibilidade que temos para querer ver o outro feliz. Crises obviamente existiram, mas nunca duvidamos da nossa relação. Temos a solidez necessária para resolver tudo.
- Falta algo?
- Não, nada. Acho que sou o filho predileto de Deus, pois não houve nada na minha vida que eu quisesse e que realmente não tenha tido. Não me sinto vítima de nada. E estou em minha melhor fase, mesmo na carreira. Foi bom tudo ir assentando aos poucos, criou um equilíbrio. E independentemente de tudo, minha história é ser feliz.
Agradecimentos: Claudia Simões, Essencial e Mary Zaide; Produção: Claudio Lobato.