NA ILHA DE CARAS, CHEF FRANCÊS PERSONALIZA PRATO DIFUNDIDO NA EUROPA E FAZ BRUSCHETTA COM QUEIJO
Antepasto fartamente degustado em toda a Europa, a
bruschetta surgiu na Antiguidade nas regiões de Lazio e de Abruzzo, na Itália central. Feita inicialmente com sobras de pão, tomate, azeite e sal, ela se origina do nome
bruscato - tostado - e era consumida por trabalhadores que, ao chegar em casa, besuntavam o pão torrado no azeite. De fácil preparo e sabor requintado, a receita conquistou o chef
Olivier Anquier (48) que, durante temporada na Ilha de CARAS, preparou uma versão personalizada da iguaria, que serve como aperitivo ou entrada.
"Foram os italianos que difundiram a bruschetta pelo mundo, mas ela é muito consumida por todos os europeus. Tanto que mistura o lado italiano do tomate e do orégano com o lado francês, do pão e do queijo. A França é o país que mais consome pão. E essa receita permite variações", ensina ele, que lançou mão do queijo brie no lugar do parmesão.
"Usei o brie da Polenghi, que deixa a receita mais cremosa. O parmesão é mais seco. Mas tudo depende do gosto de cada um. Na França, há mais de 300 tipos de queijo. Dá para comer um por dia", explica o chef.
Francês da região de Montfermeil, no leste de Paris, Olivier herdou do pai,
François, já falecido, o gosto pela arte da gastronomia. E com ele aprendeu a valorizar o prazer e a originalidade dos pratos.
"É claro que as receitas são sempre baseadas em outras, mas dar o toque pessoal ressalta a busca pelo sabor ideal", defende ele, que, além do alho, também recomenda o tomilho fresco para valorizar o sabor dos tomates.
"Funciona e dá um toque especial", opina Olivier, com o aperitivo nas mãos.
"O grande trunfo da bruschetta é que ela é prática, rápida, barata, gostosa e surpreendente", valoriza o chef, que está lançando o livro
Olivier Fusca e
Fogão.
Fotos: Mariana Vianna/A7 Fotografia