CAU BORNES, EMOCIONADO, TROCA ALIANÇAS COM A FAMOSA CANTORA ARGENTINA VALERIA LYNCH
Quero a vida sempre assim, com você perto de mim... O músico gaúcho
Cau Bornes (50) se apropriou dos versos do carioca
Tom Jobim (1927-1994), na música
Corcovado, para homenagear sua noiva, a cantora argentina
Valeria Lynch (55), em serenata na Ilha de CARAS. A paixão que os une há pouco mais de um ano encontrou confluência na baía de Angra dos Reis, litoral fluminense, de tal intensidade que decidiram antecipar o casamento, marcado para 26 de abril em Buenos Aires. Cercado de amigos, eles trocaram alianças que trazem gravadas no lado interno as palavras "Nos encontramos".
"Estava decepcionado com o amor até encontrar Valeria", suspira ele.
Percussionista dos melhores, Cau nasceu na cidade gaúcha de Santo Ângelo. Neto de africanos, herdou o ritmo e a sonoridade do avô e de seus pais, também músicos. Além da música - compunha
jingles publicitários e cantava em
pubs -, fez trabalhos como modelo e ator, atividade que o levou pela primeira vez a Buenos Aires em 1995, para as filmagens de
Histórias de Amor,
de Loucura e Morte, de
Nemesio Juárez. Contratado para participar da novela brasileira
Chiquititas, passou temporada na capital portenha. Lá, conheceu e se casou com a folclorista argentina
Tamara Castro, falecida em dezembro de 2006, com quem tem uma filha,
Tais (5).
Entre os convidados que participaram da cerimônia de "casamento" realizada na capela da ilha estava o casal
Raúl Lavié (70), ator e cantor, e
Laura, a amiga responsável por apresentar o casal. Valeria atuava em montagem do musical
Vitor ou Vitória?, ao lado de Raúl, quando Laura convidou Cau para assisti-lo e, mais tarde, o apresentou para a estrela do show.
"Tive de disfarçar o meu encanto. Foi amor à primeira vista", conta Valeria, mãe de
Federico (28) e
Santiago (20). Entre os amigos que abençoaram os noivos na ilha estavam ainda o cantor
Guillermo Fernández (49) e sua mulher,
Corina Fonrouge, que atiraram arroz e pétalas de flores sobre o casal.
"Para nós, o passado é passado, o futuro não existe. Aproveitamos o presente com paixão e liberdade", declarou Cau.
Valeria escolheu um tomara-quecaia creme com apliques de florzinhas antigas de crochê, assinado pelo estilista e assessor de estilo
Leo Noseda, que viajou com ela só para ajudá-la a se preparar para o evento. Cau optou pela elegância descontraída: terno de linho combinado com sandálias de couro.
Com uma turma tão inspirada, claro que a ilha foi tomada pela música. Cau, que ano passado lançou um disco chamado
Em Portunhol, puxou o coro de vozes com músicas brasileiras. Lavié e Fernandéz responderam entoando músicas do show
Os Mosqueteiros do Tango, que apresentaram junto com
Rubén Juaréz (60). Cau deu show também com instrumentos de percussão, como tamborim e pandeiro.
"Foi uma noite linda. A música é um idioma universal, que une as pessoas em uma convivência muito interessante", disse Lavié.
Inspirada pelo clima de amizade e alegria, Valeria se declarou.
"Com nossa história estamos escrevendo uma grande canção. Abrimos nossa cabeça e nosso espírito um para o outro. Cau fez meu coração bater forte novamente, não imaginei que fosse me apaixonar assim de novo."
Tendo o belo mar de Angra como testemunha, Valeria e Cau celebraram seu encontro.
"Todos os poetas tentaram definir o amor, encontrar um significado para esta palavra, e não conseguiram. Amo Valeria porque a admiro como mulher, por seu coração generoso e sua delicadeza. Ela se encanta com pequenos gestos, como quando trago uma orquídea ou escrevo uma mensagem com batom no espelho do banheiro. Ela me emociona como ser humano, como mãe, como profissional", conta Cau. Valeria também aposta tudo neste amor
. "Creio que vai ser para sempre. Em Cau encontrei tudo o que havia conhecido por partes, em homens distintos."
FOTOS: C.Welcomme/K. Fortunato/CARAS Argentina