Estimular a criança a pronunciar palavras de forma errada, ainda que seja divertido para os adultos, pode prejudicar o desenvolvimento da fala dos pequenos
Uma das fases mais prazerosas para mamães e papais é acompanhar o desenvolvimento da fala de uma criança. Letras trocadas, sílabas invertidas. É difícil não cair na risada ao ouvir o pequeno criar seu próprio vocabulário. Mas, cuidado! “Quando a criança percebe que ela chama atenção para si com essa pronúncia peculiar e se faz entender, deixa de se esforçar para falar corretamente e prejudica o desenvolvimento da fala”, diz Khalil Hanna, otorrinolaringologista.
Com a inserção das mães no mercado de trabalho, muitas crianças cam sob os cuidados de babás que, na maioria das vezes, apenas cuidam delas, sem se preocupar com o desenvolvimento da linguagem. Quando a mãe chega, começa a aula de “manhês”, essa linguagem toda própria de mamães e bebês. Antes mesmo de balbuciar, a criança gesticula ou repete algum som que “significa” algo. E os adultos se antecipam para atender. “O ideal é apontar para os objetos e guras, corrigindo e pronunciando duas a três vezes, de forma clara, solicitando que a criança repita”, diz Khalil.
Embora a maioria das famílias só comece a pensar na fala do bebê por volta de um ano de idade, a atenção a esse tema deve ser anterior. Atualmente, com o teste da Triagem Auditiva Neonatal (TAN), feito ainda na maternidade, antes da alta hospitalar, é possível detectar uma deficiência auditiva antes dos seis primeiros meses. Essa precocidade no diagnóstico é justificada pelos números. “A incidência de deficiência auditiva sem indicadores de risco para deficiência auditiva é de 1 a 3 por mil nascimentos vivos. Já entre os recém-nascidos com indicadores de risco para deficiência auditiva, a incidência é de 20 a 30 por mil nascimentos vivos”, diz Khalil.
Acredita-se que a detecção precoce da deficiência auditiva evita danos que podem ser irreversíveis tanto no desenvolvimento da linguagem oral, nos primeiros meses de vida, quanto no processo educacional como um todo. Sem o teste TAN, o período entre diagnóstico e prevenção gira em torno de 30 a 36 meses.
ESTIMULE!
Crianças sadias apresentam bom desenvolvimento neurológico, sistema auditivo íntegro, aparelho fonador adequado (língua, lábios e laringe), além de desenvolvimento cognitivo e social com o meio em que se encontram. Dentro desses parâmetros, desenvolvem a fala de maneira adequada graças à estimulação correta.
E várias atividades contribuem nessa tarefa:
• Leitura de livros coloridos e ilustrados, reforçando as novas palavras ditas;
• Brincar de imitar e repetir sons, sempre elogiando a comunicação da criança;
• Solicitar que a criança "conte" histórias, valendo-se de livros e desenhos e sempre utilizando rimas nas brincadeiras;
• Trabalhar com jogos de objetos (frutas, animais, brinquedos), pedindo que conte fatos para também estimular a memória;
• Incentivar a musicalidade e a dança.
E, sobretudo, evite comparar uma criança com outra. “A linguagem desenvolvida é resultado dos estímulos recebidos e da capacidade individual”, conclui Khalil.
SOPA DE LETRINHAS
Como as crianças se desenvolvem na fala
1 mês
Os sons são vocalizações, reflexos a situações ambientais.
4 meses
Reage a barulhos ou vozes mais altos, parando de mamar ou chorar, por exemplo; começa a balbuciar sons da fala (vogais e monossílabos).
6 meses a 1 ano
O desenvolvimento da fala depende da estimulação de linguagem; é capaz de entender cerca de 100 palavras, apontando objetos.
1 ano e meio a 2 anos
Começa a formar frases simples, com um vocabulário de até 200 palavras.
3 anos
Forma frases de quatro a cinco palavras, com um vocabulário em torno de 800 pala
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