Por mais preparada que a família esteja, cuidar de um bebê sempre traz dúvidas e insegurança mas, acredite, você é capaz. E seguindo algumas dicas, fica mais fácil
Muitos casais imaginam que o binômio planejamento e informação seja suficiente para lidar com todas as situações relacionadas à gravidez e à chegada do bebê. No entanto, bebês não são aparelhos eletrônicos, que chegam em casa com manual. Aprender a reconhecer as reações do bebê é fundamental para ganhar confiança e atravessar esse momento com tranquilidade.
“O excesso de informação às vezes confunde e cria mais tensão. Costumo dar um conselho simples: desenvolva sua intuição, pois ela ajuda a entender as respostas do seu filho”, diz José Claudionor Silva Souza, pediatra.
SAINDO DA MATERNIDADE
Nem colocou os pés para fora do hospital e a família já se depara com uma dúvida frequente: como transportar corretamente o bebê no carro? “Nesse caso, não é conselho, é norma de segurança, passível de multa: todo recém-nascido deve ser transportado em bebê-conforto, no banco traseiro, virado para trás e preso pelo cinto”, conta Silva Souza. Esse tipo de transporte deve ser utilizado até um ano de vida. Nunca leve o bebê em cesto (tipo moisés) nem no colo.
BANHO: COMO, QUANDO, ONDE?
Um dos momentos de maior aflição dos pais, principalmente dos “marinheiros de primeira viagem”, é a hora do banho. Não tem segredo: recém-nascido deve tomar banho em banheirinha, com água a 37°C ou 38°C, usando apenas sabonete neutro para a higienização. Nos primeiros meses, nada de shampoo, talco ou qualquer tipo de perfume.
“A água é a do chuveiro mesmo, sem necessidade de ferver ou filtrar”, diz o médico. O horário mais indicado é o mais quente do dia, entre 10h e 14h. No verão, pode-se dar outro banho antes de dormir, sem a necessidade de fazer a higiene completa, apenas para ajudar a relaxar o bebê. O banho no “baldinho” pode ser usado nessa circunstância, mas para a higienização completa, a banheirinha é mais indicada. “Fundamental é enxugar bem as dobrinhas – pescoço, virilha, axilas.”
TROCA DE FRALDAS
A higiene íntima do bebê pode ser feita apenas com água morna e algodão. O uso de pomadas contra assaduras fica a critério de cada mãe. Quem usa a pomada deve aplicar óleo de amêndoas doces na região, pelo menos uma vez por dia, para retirar o excesso da pomada que fica impregnada à pele. “Lembrar, sempre, que a higiene íntima das meninas deve ser feita no sentido da vagina para o bumbum, nunca ao contrário.”
Normalmente, é aconselhável trocar a fralda cada vez que a criança faz xixi ou cocô. No entanto, vale uma orientação diferente para os recém-nascidos, que costumam fazer cocô logo depois de mamar, já dormindo. “É melhor deixar a criança dormir e trocar assim que ela acordar novamente, para evitar manipular o bebê que acabou de mamar e pode regurgitar”, aconselha o médico.
ORELHA, OLHO, NARIZ: SEM CUTUCAR!
A higiene das orelhinhas, olhinhos e narizinho deve ser suave e superficial. No caso das orelhas, apenas enxugue a dobra com a toalha de banho. Nunca use hastes flexíveis no bebê recém-nascido. Os olhos devem ser limpos com algodão umedecido e água. O nariz também deve ser higienizado de forma superficial. “Se os pais percebem que o bebê está com acúmulo de sujeira nas narinas, podem aplicar um pouco de soro fisiológico.” O coto umbilical é uma parte importante da higiene: pode molhar durante o banho, mas depois deve ser bem seco e limpo com álcool 70%, inclusive nos primeiros dias após sua queda. Não use faixa, muito menos coloque moeda no local.
IMUNIZAÇÃO: CRIANÇA VACINADA É CRIANÇA PROTEGIDA
Ficar atento ao calendário de vacinação é uma medida de proteção ao bebê. Já na maternidade, ele deve tomar a primeira dose da vacina contra hepatite B (que deverá receber reforços depois de 30 ou 60 dias e aos seis meses de vida). Algumas maternidades também aplicam a dose única da BCG, contra a tuberculose. Não há receio em aplicar essas vacinas, pois o índice de reação é baixíssimo, na ordem de 1%.
PRIMEIROS TESTES
Ainda na maternidade, o bebê será submetido a alguns testes, que averiguam possíveis alterações relacionadas ao seu metabolismo e aos sentidos, especialmente a audição e a visão. A triagem otoacústica (também conhecida como teste da orelhinha) avalia a audição do bebê, enquanto o teste do reflexo vermelho (ou teste do olhinho) analisa a retina e detecta alterações como glaucoma ou tumores. “O teste do pezinho, obrigatório
por lei, rastreia a ocorrência de quatro doenças ( brose cística, fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e anemia falciforme), que podem trazer consequências graves se não tratadas.” Hoje, várias maternidades já dispõem de versões ampliadas e avançadas do teste do pezinho.
CHORO DO BEBÊ
Um dos momentos mais estressantes nos primeiros dias do bebê em casa acontece quando ele chora. “Criança não chora só quando tem fome, portanto, quando isso acontece, não é sinal de que ela necessariamente precisa mamar”, diz o pediatra. A medida da boa alimentação do bebê é dada pela quantidade de xixi que ele faz, já que a única fonte de líquido dele é a amamentação. Bebê que faz xixi em quantidades adequadas está bem alimentado.
Bebê também pode chorar de frio, mas tome cuidado para não agasalhá-lo demais, o que pode criar desconforto e até aumentar a temperatura do corpo. Outra causa comum do choro nos primeiros dias é o desconforto da fralda cheia de xixi ou cocô. Cólicas não são comuns antes da segunda ou terceira semana de vida. “Mas, de fato, o fator mais comum para o choro do bebê é o estresse do ambiente: pais estressados transferem essa tensão para a criança, por isso também é tão importante manter a tranquilidade”, diz Silva Souza.
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