Rodrigo Sant'Anna, a Valéria do 'Zorra', também faz sucesso nos palcos

O humorista Rodrigo Sant'Anna conversou com CARAS Online antes das duas apresentações do espetáculo 'Comício Gargalhada' na noite desta terça-feira, 11, em São Paulo

Rafael Andrade Publicado em 12/10/2011, às 00h58 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

"Ai, como eu tô bandida", de Valéria (Rodrigo Sant'Anna) no Zorra Total - Reprodução/TV CARAS

Rodrigo Sant'Anna (24) colhe os frutos do sucesso da personagem Valéria, a transexual que divide cena com Janete (Thalita Carauta, 28) no metrô do Zorra Total. Além de ser responsável pelo quadro de abertura do programa nas noites de sábado na Globo, o humorista está em cartaz com o monólogo Comício Gargalhada - que nesta terça-feira, 11, teve duas apresentações em São Paulo.

"Há três meses não tenho um dia de folga. Agora estou tentando viajar. Já fiz Belém e Manaus. E acho que ano que vem vou cair na estrada, deixar um pouco o Rio para explorar mais outras praças", contou Rodrigo em entrevista exclusiva a CARAS Online, no camarim da casa de shows, pouco antes de entrar em cena. "As coisas foram muito rápidas. A sensação que tenho é que estava sendo preparado. Mas, quando vem, parece que você não está preparado. Você se vê em situações que não se imaginava", disse o ator, sobre o sucesso repentino. Ele confessa, entretanto, que deseja aproveitá-lo ao máximo. "Às vezes não consigo ponderar. Será que não está muito? Será que não seria bacana ter um dia de folga? Aí estou fazendo, fazendo, fazendo..."

Rodrigo é carioca. Nasceu no subúrbio, fez Tablado e se formou na Casa de Artes Laranjeira (CAL). A infância pobre, as dúvidas da mãe quanto ao talento do humorista em início de carreira e a repercussão da fama entre os familiares são inspiração para as piadas de Rodrigo, enquanto faz as trocas de roupa no palco, diante da plateia, para a caracterização.

Comício Gargalhada foi montado para comemorar os dez anos de estrada do ator, e traz oito personagens que pedem votos para o público, como em um palanque eleitoral. "Apesar desse 'boom' agora, venho de longa data ralando. No final do curso na CAL, montei no Rio um espetáculo chamado 'Os Suburbanos', que foi o divisor de águas na minha carreira. Alguns produtores da Globo assistiram e me chamaram para fazer uma participação em A Diarista. Depois veio o convite para a Turma do Didi e o Zorra", relembrou o humorista. "Então o Shermann [Maurício Shermann, diretor do programa] me convidou para o Zorra, e fiz primeiro o Adimilson com a Lady Kate. Este ano surgiu a oportunidade da Valéria. E, para minha surpresa, teve essa recepção muito carinhosa de vocês. Só tenho a agradecer".

Valéria é, evidentemente, a personagem mais esperada pela plateia de Comício Gargalhada, que tem pouco mais de uma hora de duração. Recentemente, o quadro que traz a personagem na TV foi ameaçado pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, sob a justificativa de que estimularia atos de assédio sexual nos vagões. Na esquete, Janete é sempre "bolinada" por um homem. "O humor passa por uma peneira, que vai muito de quem o faz. É o primeiro ponto de referência. É complicado, porque às vezes as minhas referências são diferentes das que têm as pessoas que me vêem. Às vezes uma coisa que não me soa grosseiro, pode soar para quem está do lado. O meu trabalho é levar alegria. Ponto".

Rodrigo faz mais uma apresentação de Comício no HSBC Brasil, em São Paulo, nesta quarta-feira, 12, às 21h. No Rio, o espetáculo está em cartaz às sextas e sábado, às 23h, no Teatro Grandes Atores.

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