Drama com a herdeira e planeja retomada de sua carreira
A vida não cansa de surpreender Márcia Goldschmidt (55). Após o destino lhe reservar, no auge de seus 50 anos, a gravidez das gêmeas Victória e Yanne (5), da união com o advogado português Nuno Rêgo (47), a apresentadora se descobriu uma verdadeira leoa ao superar um dos capítulos mais turbulentos de sua história: o transplante de fígado da pequena Yanne, em decorrência de uma cirrose, com apenas 1 aninho de idade. “Foi um desastre, uma tragédia, mas estamos superando. A medicina desenganou minha filha três vezes, ela é um milagre”, relata Márcia, no Castelo de CARAS, em Portugal, país onde está radicada com a família há quase sete anos.
A saga começou na maternidade. “Ela era prematura, pegou infecções hospitalares e os médicos deram doses em excesso, talvez até necessárias, de antibióticos para ela. Isso culminou em algumas sequelas, dentre elas, a cirrose, mas não diagnosticaram a tempo”, relembra ela, que ficou sabendo da necessidade do transplante em uma de suas visitas ao Brasil. “Eu a levei ao hospital em São Paulo e me disseram que ela precisava fazer a cirurgia com urgência. Nessa hora, meu mundo caiu”, desabafa. O anjo da guarda e doador de Yanne foi o irmão, James (23), primogênito de Márcia. “O dia do transplante foi o mais difícil para mim: meus dois filhos ficaram em uma mesa de cirurgia por 13 horas.” Hoje, quem vê Yanne brincando e correndo cheia de alegria, nem imagina toda batalha de gente grande que ela enfrentou. “Ela tem consciência das restrições que precisa ter, mas tento mostrar que ela é uma menina especial, ela é a super Yanne!”, explica a mãe coruja, sem saber como encontrou forças para superar o drama. “Dizem que Deus dá o frio conforme o cobertor, então, que cobertor devo ter! Em muitos momentos, achei que não aguentaria, mas minhas escolhas eram: vencer ou vencer!” , diz. Passada a tempestade, Márcia já faz planos para retomar a carreira. “Preciso voltar a trabalhar por uma questão de sanidade mental e isso será em breve.”
– Yanne está curada?
– Não. O transplante é a troca de uma doença fatal por uma crônica. Quando ela fez a cirurgia foi um misto de sentimentos. Alívio, por saber que ela teria uma chance, e tristeza, por saber que ela estaria condenada a ser uma transplantada. Cada organismo reage de uma forma e não há como prever, apenas prevenir. Se ficar pensando nisso, eu enlouqueço.
– Quais restrições ela deve ter?
– As restrições alimentares, na verdade, é aquilo que todos deveriam fazer, sem açúcares e gorduras. Ela tem imunidade baixa, não é bom ficar doente. Além disso, ela não frequenta escola, para evitar contato com possíveis doenças de outras crianças. Ela e Victória estudam em esquema home school . É uma vida mais resguardada.
– Ela tem consciência disso?
– Ela não se queixa da alimentação, mas pergunta quando a cicatriz vai desaparecer para ela ficar com a barriguinha igual à da irmã.
– Mudou a rotina da família?
– Toda família foi transplantada, pois as mudanças mexeram com todos. Saímos do Porto, uma região fria, e fomos para o Algarve, onde as temperaturas são amenas, para evitar doenças. Nuno permaneceu no Porto, então, criamos uma dinâmica familiar diferente.
– Considera um erro médico?
– O diagnóstico foi tardio, não dava tempo de recuperar. Estamos processando o hospital para que isso não se repita.
– Como é a relação entre elas?
– São mais que irmãs, são companheiras. Victória é uma grande cuidadora e age como a irmã mais velha. É emocionante ver a duas.
– Sua visão de mãe mudou?
– Quando James nasceu, eu era profissionalmente ativa, não pude ser mãe full time . Com as meninas, já tinha meus 50 anos e, graças a Deus, estava com a atividade profissional encerrada, senão, não conseguiria acompanhar tudo. Acabei me envolvendo na função e, hoje, sou uma mãe ao cubo.
– Como Nuno encarou tudo?
– Nuno é um pai excelente e, claro, sofreu muito. Quando se tem filhos especiais, o número de divórcios é alto, você deixa de ser marido e mulher e vira pai e mãe. Digo que o que nos une é mais forte do que o que nos separa.
– Sente saudade da TV?
– Muita! Inclusive de assistir, pois não tenho tempo! Tenho saudade do trabalho, da interação com as pessoas, mas da correria e estresse não. Fui recentemente ao Brasil e vi que ainda tenho portas abertas, as pessoas se lembram de mim, isso me surpreendeu e envaideceu. Não tenho nada definido, mas sei que estou voltando à ativa, renascendo como uma fênix.
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