A abertura da 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que aconteceu na noite desta quinta-feira, 20, no Auditório do Ibirapuera, foi marcada pelo luto por Leon Cakoff, crítico de cinema nacional que idealizou e criou um dos eventos mais importantes do cinema mundial.
Cakoff, que faleceu no dia 14 deste mês, por conta de um câncer no tecido epitelial, recebeu homenagens e teve sua contribuição cultural enaltecida por atores, cineastas e nomes da sétima arte. Organizadora da Mostra de SP ao lado de Leon, Renata de Almeida teve pouco tempo, mas conseguiu fazer uma singela e justa homenagem ao seu parceiro de longa data. “Hoje seria a missa de sétimo dia, mas acredito que é esse tipo de missa que o Leon gostaria de ter”, comentou. “Ele enfrentou censura e dificuldades financeiras para manter a Mostra, sempre procurando o inusitado e o diferente. O cinema era seu vício. Mesmo doente, ele não quis se ausentar. Ele deixa saudades, mas deixa também sua marca”.
Antes da exibição do filme de abertura, O Garoto da Bicicleta, um vídeo com entrevistas, fotos, lembranças de Leon, permeado com depoimentos de amigos e colegas de trabalho, foi transmitido emocionando uma plateia que aplaudia de pé. Serginho Groisman, orador da abertura (juntamente com Rubens Ewald Filho e Marina Person), recordou de seus momentos ao lado do crítico. “Minha primeira entrevista foi com o Leon; ali começamos uma amizade duradoura. É uma honra ter conhecido esse homem que praticamente dedicou metade da vida dele a um evento para uma cidade que ele adotou como sua”, discursou.
O prefeito Gilberto Kassab fechou a noite com seu pronunciamento: "Venho representando a cidade de São Paulo, que agradece o trabalho de Leon, sempre envolvido com a arte; trago uma mensagem de fé e um abraço carinhoso para ele. E que seu legado continue por muitas edições da Mostra".
Outros nomes do cinema nacional também deixaram seu tributo:
Jeferson De, cineasta: “Participei da Mostra do ano passado com 'Bróder' e fui muito bem recebido pelo Leon. Ele me disse ‘Bem-vindo ao mundo do cinema’. Ele foi meu tutor, meu professor”.
Gero Camilo, ator; está com o filme Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios - com Camila Pitanga no elenco - na programação do evento: “Cakoff nos ofereceu cultura, uma verdadeira revolução cinematográfica com a Mostra".
Giselle Itê, atriz: “Esse é o momento em que o cinema brasileiro e mundial se despede de seu criador. Tomara que o cinema continue a vibrar do jeito que ele esperava”.
Daniela Thomas, cineasta: “Estou nervosa; essa é a primeira Mostra sem Leon Cakoff. Espero que a cidade mantenha esse evento, mesmo com a falta de seu criador”.
Laís Bodanzky, cineasta, atualmente dirige um episódio do longa-metragem Mundo Invisível, com coordenação de Leon e Renata de Almeida: “Ele está aqui hoje, porque os filmes dele estão aqui. Hoje não é só uma abertura da Mostra, é uma celebração de um trabalho de anos de empenho”.
Marina Person, apresentadora e cineasta: “Sempre que eu entrevistava Leon Cakoff, pedindo dicas de filmes da Mostra, ele me respondia ‘não tenho, você terá que assistir a todos os filmes’. Ele tratava os filmes da programação como se fossem seus filhos”.
Toni Venturi, cineasta: “Sempre vou me lembrar de uma viagem que fiz com o Kakoff para Cuba. Acompanhamos o festival de cinema de lá e, nessa trajetória, pude conhecê-lo melhor; descobri um homem muito bem humorado”.
Débora Duboc, atriz, casada com o cineasta Toni Venturi: “O Cakoff fez parte da minha formação artística, me inspirei em muitas obras que assisti aqui na Mostra”.
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