Samara Felippo denuncia racismo sofrido por sua filha mais velha em escola de SP e pede expulsão das alunas
No último sábado, 27, a atriz Samara Felippo denunciou um caso de racismo sofrido por sua filha mais velha, de 14 anos, em escola de alto padrão em São Paulo. Em entrevista ao G1, a famosa contou que duas alunas arrancaram as folhas do caderno da garota, que é negra, e escreveram uma ofensa de cunho racial em uma das páginas.
Na conversa, Samara deu detalhes sobre como aconteceu o caso. "Todas as páginas, de um trabalho de pesquisa, elaborado, caprichado, valendo nota, feito por ela, foram arrancadas violentamente e dentro do caderno havia a frase [racista]. O caderno já está em minhas mãos e um novo caderno já foi dado a minha filha", relatou a atriz.
A artista também contou como se sentiu ao descobrir a situação com sua filha. "Ainda estou digerindo tudo e talvez nunca consiga, cada vez que olho o caderno dela ou vejo ela debruçada sobre a mesa refazendo cada página dói na alma. Choro. É um choro muito doído. Mas agora estou chorando de indignação também", desabafou.
Segundo o G1, que encontrou em contato com a escola, as alunas que cometeram a agressão foram suspensas em tempo indeterminado. "Imediatamente foram realizadas ações de acolhimento à aluna, de comunicação a todos os alunos da série, bem como a suas famílias. Desde o primeiro momento, mantivemos contato constante com a família da aluna vítima dessa agressão racista, assim como permanecemos atentos para que ela não fique demasiadamente exposta e seja vítima de novas agressões. Na circular enviada a todas as famílias no mesmo dia, solicitamos que todos conversassem com seus filhos sobre o ocorrido, e na terça-feira, dia 23 de abril, duas alunas do 9º ano e suas famílias compareceram à Escola, responsabilizando-se pelos atos", diz carta do colégio.
Samara Felippo, no entanto, pediu pela expulsão das alunas. "Sim, pedi expulsão das alunas acusadas pois não vejo outra alternativa para um crime previsto em lei e que a escola insiste relativizar. Fora segurança e saúde mental da minha filha e de outros alunos negros e atípicos se elas continuarem frequentando escola. Não é um caso isolado, que isso fique claro."
E continuou: "Eu sinceramente quero que as pessoas envolvidas, agressoras, né, que são meninas de 15, idade da minha filha, se reabilitem mesmo. Eu quero bem delas, eu não quero mal de ninguém. Eu só quero que não convivam no mesmo espaço, onde poderão futuramente humilhar novamente e ofender e cometer outros atos de racismo contra ela."
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