Prestes a completar, no fim de 2009, 60 anos de idade e 30 de carreira,
Angela RoRo curte o seu estilo atual de paz, amor, saúde e trabalho. Desde 1999, quando a mãe, Conceição, morreu de câncer aos 81 anos, a artista que inspirou a música Escândalo, de
Caetano Veloso (66) -
Ó doce irmã, o que você quer mais?/Eu já arranhei minha garganta toda/Atrás de alguma paz/Agora, nada de machado e sândalo/Você que traz o escândalo/Irmã-luz -, mudou seus hábitos de vida e alimentares. Exercita-se de bicicleta, faz caminhadas e perdeu 56 quilos: está com cerca de 60 em 1m69. "N
ão tenho saudade do que fiz, só lembranças. Foram muitas farras, gargalhadas, bebidas, baratos. Mas sou mais a Angela de agora. Estou apaixonada por mim de uma forma quase narcisa. A mulher da minha vida, definitivamente, sou eu", afirma ela, que nunca escondeu o homossexualismo. "
Quando lancei o primeiro disco, com Tola Foi Você, me perguntaram se eu cantava para uma mulher. Disse que não. Então, questionaram se eu era gay e respondi que sim. Minha mãe me ensinou a não pecar contra a verdade", completa ela.
Apesar de já ter sido considerada sucessora de Maysa (1936-1977), pelos olhos verdes, o passado polêmico e por também ter interpretado Demais, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, Angela não se identifica com a cantora.
"Maria Bethânia é a síntese do que eu gostaria de ser. É perfeita como artista, emocionante, emocional e emotiva. Doa e se doa. Conservou a vida fora de polêmicas e manteve a bravura como mulher", enaltece Angela, que já sabe como vai festejar três décadas de carreira: "
Com trabalho, bastante trabalho. É o que faço com prazer."