A idade dos fãs surpreendeu a cantora
Angela RoRo (59) no show que fez com exclusividade para os convidados da Ilha de CARAS. "
Isso aqui está parecendo uma festa de 15 anos", brincou a artista conhecida pela sua irreverente verve. Pouco depois da declaração, o arranjador e tecladista
Ricardo MacCord(48), há quase 20 anos seu parceiro no palco e nas composições, iniciou os acordes de
Meu Benzinho. De fato, quase toda a plateia tinha menos de 30 anos, o tempo de carreira que Angela completa este ano. Foi exatamente no fim de 1979, que a cantora nascida em Copacabana e criada em Ipanema, bairros da zona sul carioca, entrou nos estúdios para gravar o primeiro disco, que levou o seu nome. "
Não sei direito a faixa etária do meu público, mas à medida que o tempo passa, fica mais flexível. Isso é interessante. Quero sempre que os fãs aumentem", disse a cantora, cujo último trabalho foram o DVD e o CD
Angela RoRo Ao Vivo, além do álbum
Compasso, lançados em 2006.
A idade, no entanto, não foi obstáculo para que Angela tivesse um coro de vips acompanhando-a. A maioria conhecia, e bem, o repertório apresentado de dez músicas, entre elas
Ne Me Quitte Pas, sucesso do belga Jacques Brel (1929-1978), e
Night and Day, de Cole Porter (1891-1964). A atriz
Pitty Webo (27), ao lado do namorado, o publicitário
Alexandre Bento (29), com quem já divide um apartamento, elogiou o ótimo gosto da cantora.
"Domingos Oliveira, meu diretor em Confissões de Adolescente, me ensinou a ouvir Cole Porter. Aprendi a gostar de jazz com ele e me emocionei ao ouvir esse clássico na voz da Angela", disse Pitty.
Durante toda a apresentação, de cerca de uma hora, a cantora seduziu seu público não só com belas canções e sua voz rouca, o que lhe valeu o apelido de RoRo, mas também com as brincadeiras. "
Juro que tento falar menos no show, mas sou um pouco Glauber Rocha, verborrágica", comparou-se ao cineasta. Entre os admiradores da cantora, estava a família de
Lívia Rossy (27). A atriz e sua irmã, a advogada Fernanda (25), tornaram-se fãs de Angela por causa da mãe,
Neuza (57). "
Ela é apaixonada pelas músicas. Eu também adorei. É a primeira vez que assisti a um show da Angela. É sen-sa-cio-nal!", vibrou Lívia. "
Esperávamos que fosse ser bom, mas não é isso: é muito bom. Na verdade, é maravilhoso", endossou Fernanda. "O
brigada, obrigada, a gente faz o que pode", agradeceu com humor a artista. Em seguida, analisou com seriedade sua performance. "
Sempre faço um trabalho no estúdio e no palco com o maior afinco, a maior delicadeza, dedicação, com todo o talento que tenho. É uma doação total. Tento até ser melhor do que sou para o meu público", garantiu Angela.
Um dos hits da noite foi
Amor, Meu Grande Amor (1979), o primeiro sucesso da cantora, em parceria com
Ana Terra (58), que integra a trilha sonora da novela
Caminho das Índias. Sempre interagindo com a plateia, ela brincou que a canção seria dedicada pelo filho da atriz
Ana Saab (27),
Lucca (9), para
Sophia (3), herdeira da atleta
Maurren Maggi (32), campeã olímpica em Pequim no salto em distância.
"É desse jovem senhor para essa pequena musa", anunciou, impostando a voz como uma locutora de rádio e arrancando gargalhadas. "
Essa mulher é tão louca quanto meu pai era", exclamou a
DJ Vivi Seixas (27), referindo-se ao lendário roqueiro
Raul Seixas (1945-1989). Ao lado do marido americano, o também
DJ Mike Frugaletti(30), ela acompanhou com palmas.
Além de
Amor, Meu Grande Amor, o repertório romântico continuou com
Simples Carinho, de
Abel Silva (64) e
João Donato (74), e até
Eu Sei Que Vou Te Amar, de
Antonio Carlos Jobim (1927-1994) e
Vinicius de Moraes (1913-1980), para o deleite dos casais presentes. Abraçado à mulher,
Juliana Camatti (25), com quem está há quatro anos,
Mario Frias (37), ator e vocalista da banda Zona Zero, se mostrou encantado com a apresentação. "
Acho que tenho que nascer de novo para cantar assim. A Angela esnoba a gente. Isso é que é um show", comentou com Juliana e o casal de atores sentado ao seu lado,
Ana Saab e
Lorenzo Martin (28), que se casam no dia 29 de maio. Ao fim da apresentação, a cantora não conseguiu deixar a sala onde foi montado seu palco. O público ficou de pé, não parou de aplaudir e pediu bis. Foi então que atacou com
Malandragem, de
Cazuza (1958-1990), dividindo o microfone com todos que queriam soltar a voz. "
Quando olho a minha discografia, digo: 'Nunca gravei uma porcaria, nunca pequei contra a música, graças a Deus.' Jamais tomei um pileque ou qualquer coisa para compor. A minha arte é uma coisa que permanece intocada", emocionou-se. "
Só tenho que agradecer a todos, de verdade. A vida me sorri o tempo todo e eu sorrio de volta, porque não sou boba, não", completou ela.