Em Angra, a atriz revela seus planos para o futuro e confessa que está vivendo num momento libertador
Coerência é a palavra que rege a vida de Mariana Xavier (37). Intérprete de Biga em A Força do Querer, de 2017, e da célebre Marcelina em Minha Mãe É uma Peça, de 2013, ela se tornou uma referência não só pelo bom humor, como pela luta pela representatividade. Na Ilha de CARAS, ela fala sobre como escolheu transcender seu papel de artista. “Originalmente sou atriz. É o que amo fazer, mas optei em ir além disso, no sentido de me mostrar como pessoa física, de tentar transformar a vida de muita gente através do exemplo e do discurso de autoestima. Quando você trabalha com verdade, com coerência do seu discurso com as suas atitudes, os frutos são inevitáveis”, comentou ela.
Por meio de vídeos em seu canal do YouTube, o Gordelícia, a atriz conquistou a atenção de mais de 200000 pessoas adoram lhe mandar recados diariamente. “Recebo muitos relatos de gente que conseguiu mudar a sensação de se sentir mal com o próprio corpo. Muitas pessoas ainda não conseguiram, mas falam que veem em mim um forte estímulo para isso. Tem todo o tipo de comentário. Desde as que realmente conseguiram superar essa questão, como as que ainda estão sofrendo muito com essa pressão estética, pensando em se matar... É muito triste porque preconceito mata mesmo! Isso não é uma metáfora, é uma hipérbole”, explica Mariana. A trajetória até a aceitação não foi fácil. Antes de se ver no espelho com bons olhos, a atriz passou oito anos sob o efeito de remédios para emagrecer. “Dos 18 aos 26 anos, eu me entupi de remédio. Toda a vez que eu parava, engordava o dobro. Aos 26, percebi que estava me envenenando. Tinha que parar enquanto minha saúde estava ok, porque eu estava me destruindo”, relembra a artista.
Ao olhar para trás, ela considera a terapia e sua religião grandes aliados. “Já me cuidava desde os 24 anos. A terapia e o espiritismo são coisas decisivas na minha vida. Me considero outra pessoa após esse combo”, avalia a comediante. Entre suas conquistas, está também um projeto publicitário para uma marca de lingerie. “Em 2017, fiz uma campanha de moda plus size que bombou. Imagina, todas as vitrines das lojas com uma foto gigante minha de lingerie. Foi uma loucura! Acho que nunca tinha acontecido uma marca assim colocar uma gorda de lingerie na vitrine”, conta ela, orgulhosa. A campanha fez tanto sucesso que Mariana terá duas coleções lançadas em março e em junho deste ano. “Fico muito feliz de ver a publicidade se abrindo para isso”, vibra a estrela. Mesmo com tantos holofotes virados para si, ela garante que nunca parou de correr atrás de outros trabalhos. “Quando eu fiz Minha Mãe é Uma Peça, o filme estava nos cinemas, bombando de bilheteria e eu estava desempregada. Se tivesse esperado as coisas caírem do céu, talvez minha carreira tivesse começado e acabado ali. Então, o filme estava bombando nos cinemas e eu batendo na porta de produtor de elenco, mandando e-mail para autor, diretor... Sempre encarei cada coisa como a grande oportunidade da minha vida. Não importa que tamanho ela tivesse”, afirma.
Solteira, ela acredita que está curtindo um momento totalmente livre de preocupações. “Estou curtindo a minha liberdade em todos os sentidos, de ser quem eu sou em todas as esferas. Gosto de poder andar como uma drag queen, toda montada, e, em outro momento, aparecer de chinelo, com o cabelo amarrado, sem maquiagem. Isso é libertador. Volta para aquele papo de você reconhecer o seu valor, fora da casca”, avalia a atriz. Mesmo estando em um momento seu, ela confessa que não resiste a um bom sorriso. “Falo que, para me conquistar, tem que passar no teste do sorriso. Para mim é muito importante. Senso de humor também tem que ter. É terrível explicar piada. Também gosto mais dos morenos do que dos loiros. E tem que ser um cara inteligente”, revela ela, que nunca sonhou em ser mãe, mas deseja adotar uma criança futuramente. “Quando mais nova, eu era muito medrosa, morria de medo de bisturi, injeção... Aí eu dizia que ia adotar um filho. Resolvo dois problemas, não preciso passar por nada disso no hospital e ainda me torno mãe para uma criança que precise. Na minha concepção, não tenho nada contra quem faz. Para mim, só teria um bebê por vias naturais se fosse fruto de uma relação muito bacana. Talvez eu adote uma criança sozinha, mas não agora. Hoje digo que amo as dos outros. Brinco e quando canso, devolvo”, diverte-se a atriz.
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