Medalhista olímpica diz como mantém até hoje a sua filosofia de atleta
Dona de duas medalhas olímpicas, prata em Atlanta, em 1996, e bronze em Sydney, em 2000, a ex-jogadora de vôlei de praia Adriana Samuel (50) se aposentou em 2002, mas orgulha-se por continuar contribuindo para o esporte no Brasil. Na Ilha de CARAS, ela fala das escolinhas que mantém nos bairros cariocas de Copacabana, Sampaio e Dedodoro de sua gestão no Talentos RJ, que visa garantir melhores condições de treinamento dos atletas em várias modalidades. “O vôlei de praia foi a minha faculdade. Adorava fazer projeto, captar patrocínio para a minha dupla. Trouxe essa experiência quando decidi parar de jogar”, lembrou ela, casada há 20 anos com o técnico Marcelo Alemão (53) e mãe de Tom (12) e Mila (10).
Um dos momentos mais delicados na vida de um atleta é decidir a hora de se aposentar?
É difícil sair de cena. Tem que saber pendurar tops e biquínis. Meu corpo não iria aguentar chegar até os 40 anos. Tomei a decisão em 2001, mas ainda participei de algumas competições até 2002. Fui desmamando aos poucos. Nessa época, jogava fim de semana e na segunda-feira meu joelho direito ficava inchado, passava três dias tratando dele. Já não treinava mais.
A dedicação à família ajudou a não ficar um vazio?
Não senti tanto também por isso. Tinha ocupação suficiente. Tive um filho atrás do outro após ter engravidado duas vezes antes do Tom e perdido. Eles são minhas melhores medalhas.
Você é irmã do ex-jogador de vôlei Tande. Podemos esperar uma nova geração no clã?
Tenho que admitir, Marcelo ‘forçou’ um pouco a barra com o Tom e ele está adorando vôlei. Já está federado.
Seu corpo não mudou após a saída da areia. Qual o segredo?
Peso menos três quilos hoje. Tinha muito músculo. A praia é um espetáculo. Quando troquei as quadras pela areia, mudei a alimentação até para ter mais mobilidade nas partidas. Fiquei seca. Mantenho uma rotina de exercícios até hoje.
A pele também continua ótima e você pegou muito sol...
Já me cuidava naquela época, usava muita proteção. As outras atletas falavam que eu era fresquinha. Enquanto todo mundo batia bola, eu estava terminando de colocar protetor.
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