Tinoco morre aos 91 anos

O sertanejo José Perez, mais conhecido como Tinoco, morreu à 1h42 da madrugada desta sexta-feira, 4, no Hospital Municipal Ignácio de Proença de Gouvêa, na Mooca, em São Paulo. O cantor teve insuficiência respiratória.

Tinoco deu entrada no hospital na quinta-feira, 3, e foi levado para uma sala de emergência para, em seguida, ser transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O cantor foi um dos primeiros a iniciar o formato de dupla sertaneja consagrado no Brasil, ao lado de seu irmão João Salvador Perez, o Tonico. Os dois realizaram quase mil gravações e venderam cerca de 150 milhões de discos.

A dupla encerrou sua jornada em 1994, quando Tonico morreu aos 73 anos, após cair da escada do prédio onde morava e sofrer um traumatismo craniano.

O velório de Tinoco está marcado para começar às 10h no Cemitério da Quarta Parada. O enterro será às 17h no Cemitério da Vila Alpina, na zona leste da capital paulista.

A ministra da cultura Ana de Hollanda (63) prestou a sua homenagem ao cantor através de um comunicado. "O Brasil perde um dos artistas mais representativos da sua cultura popular. Tinoco formou com o irmão Tonico uma das mais marcantes duplas sertanejas do País. Por meio deles, o folclore do interior de São Paulo e de parte de Minas rompeu as barreiras e influenciou todo um segmento musical, que atualmente tem representantes nos quatro cantos desta Nação. A tradição interiorana cantada por Tonico & Tinoco levou para a música vida, sonhos e dores do chamado “caipira” – um intuitivo, um sabedor das manhas da terra e dos homens. Daí porque as homenagens nas modas de viola. Tinoco recebeu a Ordem do Mérito Cultural em 2010. Reconhecimento a uma arte despretensiosa, mas brilhante, profunda e original. Neste momento de dor, me solidarizo à família, amigos e admiradores de Tinoco", escreveu. 

Assista a um trecho do documentário Tonico e Tinoco: