Está mais do que na hora de repensarmos as relações amorosas a partir das mudanças que vêm ocorrendo na estrutura das famílias. Cada uma das novas situações familiares e conjugais exige de seus integrantes aprendizados específicos para que todos possam usufruir de seus relacionamentos e crescer neles. Isso não é coisa tão simples, acontece aos poucos. Para piorar, os casais que se propõem a sair dos padrões ainda correm o risco de ter a relação prejudicada pelo preconceito e pela dificuldade das famílias e da sociedade em lidar com suas escolhas. A estranheza se expressa em comentários maldosos e outras reações desagradáveis, capazes de interferir na vida do casal e até de impedir a sua felicidade.
Foram as mudanças vividas pela sociedade nas últimas décadas que impulsionaram a criação dos novos arranjos conjugais. O aumento da segurança dos métodos de controle da natalidade, o foco na carreira profissional por parte de muitas mulheres, a facilidade em realizar viagens e aventuras, o aumento da parceria e do equilíbrio hierárquico entre o homem e a mulher, tudo isso tem ajudado os casais a tomar, com clareza e discernimento, sem culpas ou constrangimentos, a decisão de se relacionar de modo diferente do tradicional. Uma das opções que se coloca é a de não ter filhos. A maioria dos que fazem esta escolha não se arrepende, mesmo sabendo que junto com os ganhos também haverá perdas. Quando a decisão é clara e consciente, o casal sabe que terá pela frente o desafio de não deixar a relação cristalizar, ou tornar-se repetitiva e cansativa, carente de experiências inéditas. Se os envolvidos estiverem atentos, procurarão sempre criar novas possibilidades na relação e na vida de cada um, de modo que haja crescimento conjunto e individual. Isso é relativamente simples, se a escolha foi dos dois. Mas eles terão o desafio adicional de não se deixar influenciar por acusações externas de egoísmo e infantilidade. Quanto mais fortalecidos internamente estiverem, mais força e certeza terão para, com calma e tempo, mostrar à sociedade que sua escolha não é melhor nem pior, nem certa nem errada, mas apenas diferente.
A decisão de viver em casas separadas também já está se tornando comum. É mais aceita nos casos de casais que já têm filhos de outras relações. Entende-se que nesses casos misturar tanta gente pode gerar problemas e morar separadamente facilitaria as coisas. Mas quando se trata de um casal que foge a este modelo — que está iniciando a relação ou que já vivia junto e tem filhos em comum, por exemplo —, a dificuldade em aceitar a escolha gera muitas vezes comentários maledicentes e suspeitas sobre os possíveis motivos que teriam levado à decisão. Tais influências externas podem dificultar para o casal o enfrentamento dos desafios que a escolha já exige, como o da preservação da intimidade, apesar da distância.
Se o falatório rola solto nesses casos mais corriqueiros, imagine em situações intrincadas, como as que vêm sendo mostradas nas telenovelas — famílias com várias mulheres e um homem, ou com vários homens e uma mulher, casais homossexuais com filhos e outros. Se família, amigos e comunidade puderem compreender o direito de escolha de cada casal, todos terão a chance de aprender, crescer e se aprimorar.
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