Poucos atores podem se vangloriar de possuir o prestígio do grande público e, ao mesmo tempo, estar realizando trabalhos mais aprofundados, complexos e inteligentes. É, claramente, o caso de Caio Blat (31). Ícone de bons atores de sua geração, ao lado de Selton Mello (38) ,Wagner Moura (35) e Caco Ciocler (39), o artista mescla atuações populares em novelas, como seu personagem Leandro em Morde & Assopra – atualmente no ar pela Rede Globo – com trabalhos para o teatro e para o cinema.
Prova disso é sua interpretação densa no longa-metragem Uma Longa Viagem de Lúcia Murat. O filme, que é uma mistura de ficção e documentário, não traz Caio como um jardineiro apaixonado como no folhetim de Walcyr Carrasco. Em contramão, mostra um ator entregue a uma história de experiências com drogas, viagens e loucuras da mente. O resultado do empenho veio prontamente. Em Paulínia, Caio recebeu o prêmio de melhor ator, êxito que se repetiu no último domingo, 7, quando subiu ao palco para receber o kikito do Festival de Cinema de Gramado na mesma categoria.
“Não esperava esse prêmio. Eu apareço no filme interpretando dentro de um documentário, é um formato muito diferente e, como havia vários atores indicados com filmes de ficção, pensei que algum deles iria se destacar. Não foi o que aconteceu e isso foi bem inesperado”, afirmou Caio em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Mais inesperado ainda foi o ator ter vencido a categoria melhor ator dois anos consecutivos. Em 2010, ele foi premiado por sua atuação no filme Bróder, de Jeferson De. “Sem dúvida alguma, esse foi o protagonista mais intenso e forte que já fiz. Ninguém me reconhece quando assiste o filme, foi muito importante para minha carreira”. O kikito que recebeu por Bróder ainda rendeu um marco na carreira de Caio. “Esse foi o primeiro prêmio de projeção nacional em minha carreira. É engraçado isso, mas antes eu só havia recebido prêmios internacionais; na França, em Portugal, em Miami, em Nova York, mas nunca no Brasil”, desabafou.
Além do troféu entregue a Caio, Uma Longa Viagem ainda venceu como longa-metragem. O ator atribui a ousadia da cineasta Lúcia Murat tanto prestígio no festival. “Ela chamou atenção porque fez algo diferente, apresentou um novo conceito. O filme é uma metade ficção e documentário que mostra a história dela; foi de muita coragem. Meu personagem, o Heitor, é uma figura irresistível, sensacional e brilhante. E o que eu fiz foi reconstituir toda a viagem que ele fez ao longo do mundo do meu jeito, como ator. Eu até apareço todo caracterizado; não sou um mero narrador da história”, explicou.
A vitória dupla que Caio Blat celebra, em sua opinião, só prova que ele conseguiu atingir um ponto de sua carreira que há tempos já era muito desejado. “Consegui atingir um equilíbrio entre trabalhos autorais e trabalhos populares. Quando um diretor de um filme de arte quer chamar atenção para seu filme, ele me chama (risos). Porque eu tenho essa vitrine de um ator de novela, mas deixo bem claro que gosto de um trabalho de pesquisa, de composição”, finalizou.
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