No palco do 'Domingão do Faustão', Marcos Caruso admite que, desde que passou a interpretar Leleco em 'Avenida Brasil', passou a ser cantado na rua até por gays e ressalta as grandes diferenças com o personagem da novela das 9 da Globo
Não foi apenas a carreira de ator de Marcos Caruso (60) que ganhou mais notoriedade desde que o Leleco, de Avenida Brasil, caiu nas graças dos telespectadores. Em entrevista a Fausto Silva (62) no Domingão do Faustão neste domingo, 7, o artista admitiu que passou a ser cantado nas ruas desde a estreia da novela, inclusive pelo público gay.
“Não só as meninas passaram a me cantar, mas mulheres, senhoras, homens e gays também. É muito louco isso”, contou ele, que melhorou a relação com seu corpo desde a chegada de Leleco em sua vida. “Eu tinha vergonha do meu corpo até os 17 anos. Nasci com peito de pombo e ia para a praia com camiseta. Sempre me achei desengonçado, muito alto e magro”.
Natural de São Paulo, Caruso ainda admitiu que é completamente diferente de seu papel. “Quando recebi a sinopse do personagem, pensei: ‘eu não sei fazer isso’. Sou paulistano, neto de italiano, e o Rio de Janeiro é longe para mim, o subúrbio mais ainda. Eu falava: ‘não luto boxe, não tenho físico, não jogo sinuca, não corro atrás da mulherada’. Então, eu disse que não era eu. Eu fui acreditando nesse cara na medida em que fui fazendo boxe, fui acreditando e me olhei no espelho e disse: ‘cara, você está ficando gostoso’”.
Ao ser questionado pelo público, o artista comentou ainda o fato de Leleco ter traído Tessália (Débora Nascimento, 27) com Muricy (Eliane Giardini, 59) e admitiu que, assim como seu personagem, também namoraria uma mulher mais nova. “O que acho legal é que Tessália e Leleco são diferentes. Leleco não é o cara que pegou a carne tenra, nem ela é a menina que quer dar o golpe do baú. A autoestima desse cara vai lá em cima com a Tessália. Ele namora porque sentiu que a menina tinha um amor. Eu namoraria uma menina mais nova tendo amor”. E acrescentou, citando a relação entre pai e filho que seu papel estabeleceu com Tufão (Murilo Benício, 41) e Ivana (Letícia Isnard, 37) e a de avô e neto com Jorginho (Cauã Reymond, 32): “A minha relação de pai e filho, avô e neto, e pai e filha foi nascendo mais para o fim da novela. Falei para o Murilo que eu não saberia ser esse pai. Então, imitei o Murilo, o Tufão, um olhar mais baixo, corpo mais curvado, e a coisa foi ficando assim”.
Homenagem dos amigos
Marcos Caruso conferiu o depoimento de diversos amigos famosos, como Maria Adelaide Amaral (70), Juca de Oliveira (77), Irene Ravache (68), Nathalia Dill (26) e Cauã Reymond, e, de tão emocionado, ficou sem palavras para agradecer: “Quando você chega em um momento da sua vida, com 60 anos de idade e 40 de trabalho, e consegue tocar o coração do seu semelhante com a sua arte, você começa a achar que já valeu a pena ter escolhido a profissão. agora quando você recebe as palavras que eu recebi hoje, de gente que eu ajoelharia nos pés, não tenho nem o que dizer”.
E ainda falou da abordagem do público nas ruas. “É a primeira vez que estou passando por isso, muita gentye que quer me abraçar, me felicitar. Eu sou um ator, teria feito esse trabalho de qualquer maneira. Mas esse Leleco eu só fiz assim porque fiquei 2 meses no Santíssimo, na casa da família do ator Vinicius Marins”.
Débora Nascimento: colega de cena
Em parte da novela, Caruso contracenou com Débora Nascimento devido ao envolvimento amoroso dos personagens Leleco e Tessália. Emocionada em se depoimento ao amigo, a jovem atriz agradeceu o apoio que recebeu do colega de cena. “Caruso foi um professor, um parceiro e um amigo. Antes de trabalhar com ele, eu era muito mais tímida. Depois, fiquei mais segura, mais ousada, arriscando, para ser assim como ele”.
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