Novas técnicas tornam o tratamento de hemorroidas menos traumático

Redação Publicado em 12/12/2011, às 10h49 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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As hemorroidas se caracterizam pela dilatação anormal das veias superficiais do canal anal, o que favorece o acúmulo de sangue na região. O fenômeno é comum. Estima-se que 50% da população tem ou vai ter sintomas relacionados às hemorroidas em algum momento da vida. Mas elas são mais freqüentes entre os 45 e os 65 anos.

A doença têm traços familiares. Pessoas com casos na família, portanto, estão mais suscetíveis a desenvolvê-la. Grávidas também têm maior risco de apresentá-las, pelo peso do feto; pelo aumento da pressão e da circulação do sangue na área da pelve; e também porque os tecidos pélvicos, ao se preparar para o parto, vão se tornando mais flácidos, o que favorece a dilatação das veias. Podem desencadear hemorróidas em pessoas comuns, entre outros fatores, traumatismos frequentes na região do ânus por dificuldade para evacuar e obesidade. O consumo de pimenta e de alimentos muito condimentados e a ingestão de bebidas alcoólicas não levam à formação de hemorroidas, mas podem agraválas. Os sintomas da doença são: desconforto, sensação de volume no ânus, dor, ardência, exteriorização de uma “bolinha” inchada, dura e dolorida pelo ânus e sangramento. Mas cuidado! Dor, ardência, sensação de volume no ânus e sangramento podem ser sintomas também do câncer de reto e de instestino.

As hemorroidas, vale destacar, não causam câncer nem outras moléstias graves. Mas incomodam muito, podendo até afastar os portadores dos compromissos sociais e do trabalho. Também rebaixam a autoestima, sobretudo em função dos preconceitos.

Felizmente, é possível prevenir-se quanto à doença com algumas medidas básicas. Adote uma alimentação rica em fibras para que seu intestino funcione bem. Evite fazer força excessiva ao evacuar. Não fique sentado durante horas, lendo, na toalete. E pratique atividades físicas, que fortalecem os tecidos em geral.

Pessoas com sintomas ou portadores de hemorroidas devem vencer os preconceitos e consultar um proctologista ou cirurgião geral. O médico deve fazer um exame clínico detalhado do paciente até para descartar o câncer.

Hemorroidas iniciais ou mais simples podem ser tratadas com remédios que favoreçam a circulação sanguínea na região anal e diminuam a pressão nos vasos, anti-inflamatórios e pomada com ação anestésica para ajudar na cicatrização. A única maneira de se retirar os vasos dilatados, porém, é com cirurgia. Mas quem decide pela operação é mais o paciente do que o médico, ou seja, é ele quem vai dizer que está perdendo qualidade de vida com a doença e prefere operar.

Até algumas décadas só se dispunha da cirurgia convencional, que consiste em cortar a pele na região do ânus e extrair os vasos dilatados. Proporciona bons resultados, claro, mas também resulta em dor intensa, que causa medo e sofrimento aos pacientes.

Hoje se dispõe de dois novos tratamentos: o PPH e o THD. Pelo primeiro se “grampeiam” os vasos dilatados rente à mucosa e se retiram as porções excedentes. Pelo segundo se localizam com ultrassom as artérias que levam sangue aos vasos dilatados e as amarram com pontos para diminuir o volume. As vantagens em relação à cirurgia convencional são: diminuição da dor e ausência de feridas externas, o que possibilita recuperação mais rápida. O inconveniente das duas técnicas é que são mais caras do que a cirurgia tradicional e não estão disponíveis no serviço público.
 

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