Lançando seu primeiro CD solo, Fiuk fala da importância da aprovação do pai em relação ao trabalho e conta que não gostava de ser chamado de "filho do Fábio Jr" na infância
Na mesma semana em que Fiuk (20) começou a gravar as cenas do “pegador” Agenor, em Aquele Beijo – a próxima novela das sete na Globo -, chega às lojas seu primeiro CD solo, Sou Eu, na próxima sexta-feira, 19. O trabalho de sua nova e ainda mais movimentada fase profissional marca também outra conquista do rapaz: a aprovação do pai, Fábio Jr (57).
“Meu pai curtiu muito. A aprovação dele, vocês não têm ideia!. Ele não é só meu pai, ele é meu melhor amigo, é meu cúmplice. Ele é o Fábio Jr, tem 40 anos de carreira”, disse à Caras Online protegido sob o guardassol na ensolarada tarde desta quarta-feira, 17, em São Paulo. E é com sorriso por trás dos óculos escuros que ele conta, meio em tom de aconselhamento, como conseguiu restabelecer o relacionamento com Fábio. “Eu vou falar isso pra todo mundo que não tem uma relação tão boa com seu pai: Eu fui brigado com o meu durante muito tempo. Só com meus 13 anos eu decidi morar com ele pra resgatar, pra conhecer melhor o meu pai, eu não tinha uma intimidade com ele”, lembra. “A gente brigou pra caramba, um não entendia o outro, eu não aceitava o jeito dele, ele não aceitava o meu jeito. Daí eu decidi morar com ele pensei o seguinte: a vida é uma só. Todo mundo que tá aqui infelizmente vai embora, então tenta aceitar as pessoas como elas são”.
A discussão tinha um motivo: desde os 12 anos Fiuk já sabia que queria seguir os passos do pai. Mas Fábio, ciente das dificuldades e privações da vida artística – como a falta de tempo para ficar com a família – não queria que o filho passasse pelo mesmo. “Foi aí que desencadeou a maior briga que nós tivemos. Ele falou ‘se quiser vai atrás sozinho, se vira’. Ele disse que um dia eu ia entender e agradecer”, conta.
Filho de peixe
Como boa parte – senão com todos – dos filhos de famosos, foi inevitável para Fiuk ouvir comparações. Algo que hoje em dia, garante, não o chateia mais. “Me incomodava antes, quando eu tinha uns cinco, seis anos, começando o processo de ‘virar gente’ e todo lugar que eu me chamavam de ‘o filho do Fábio Jr’, ou ‘Fabinho’. Eu olhava aquilo e pensava: ‘porque as pessoas fazem isso comigo? Porque eu não posso ser o Filipe?’”, conta. “Fui me traumatizando com uma coisa boba. Aí quando eu fiz 12 anos eu já tinha certeza do que eu queria e dei graças a Deus que o Fábio Jr é meu pai”.
CD Sou Eu
A faixa que dá título ao CD – Sou Eu -, não foi amor à primeira ‘ouvida’. Composta pelos pagodeiros Thiaguinho (28), do Exaltasamba, e Rodriguinho, a música chegou a Fiuk com uma batida de pagode. “Eu nunca esperei que algum dia eu ia gravar uma música de um compositor de pagode. Tanto que a demo veio pra mim meio pagode eu ouvi e achei que não tava a minha cara”. Mas a letra, esta sim, agradava e muito ao rapaz. Depois de deixar a canção ‘com a sua cara’, ele garante que parece que foi ele próprio que fez. E, assim como no restante, imprimiu sua identidade. “Eu não nasci sabendo e isso não é provavelmente o que eu vou fazer daqui pra frente, como eu vou ser pra sempre, isso é o que eu sou hoje depois de tudo que eu vivi, de tudo o que passei”, diz Fiuk. “Acho demais poder fazer 100% do que eu amo fazer. É tudo novo”.
E como ele se descreve? “’Às vezes sou tão criança’, às vezes ‘cada um na sua’, o importante é ser feliz, ‘nada vai me parar’ e ‘quero toda noite’”, diz entre risos, numa série de referências às músicas do disco. “Eu quero, com certeza, sempre mais”.
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