Com a amada, Flávia Fonseca, Luciano Camargo abre o coração e retoma a rotina 4 meses após o coma
O cantor Luciano Camargo (39) é um novo homem. Passados quatro meses da briga com o irmão Zezé Di Camargo (49), que o levou ao coma após ingerir bebida alcoólica e remédios, o sertanejo abriu o coração em entrevista exclusiva à CARAS realizada a bordo do Cruzeiro É o Amor. “Eu poderia ter morrido naquela noite. Me culpo até hoje pelo que fiz. Tenho vergonha principalmente dos meus pais. Estou fazendo tratamento psiquiátrico para aceitar tudo o que aconteceu”, confessa Luciano. “Somatizo as emoções e explodo. Tenho de aprender a lidar com isso”, emenda o artista.
Ao lado da mulher, Flávia Fonseca (31), Luciano afirma que passou a admirar ainda mais a amada após o triste episódio. “Ela é uma guerreira e encarou tudo de frente. Me protegeu e barrou tudo o que pudesse me afetar”, diz ele, que pretende se casar novamente com sua musa, com quem tem as gêmeas Isabella e Helena (2). “Em outubro quero uma cerimônia na praia e, ano que vem, uma grande festa”, conta ele.
– Qual foi a lição tirada disso tudo?
– Sabe que eu estou tirando ainda? Estou em tratamento psiquiátrico. Duas semanas depois do que aconteceu, vi que realmente precisava de acompanhamento. Não tenho vergonha de falar isso. Psiquiatra não é só para louco. O que eu fiz foi porque sou uma pessoa muito fraca. O que me levou a ter uma discussão com meu irmão foi uma coisa de momento, mas o que me fez explodir foi uma série de fatores que já vinham há algum tempo.
– O que aconteceu depois da briga?
– Percebi a besteira que fiz logo em seguida que falei em acabar a dupla. Lembro de ter tomado remédio para dormir na hora em que cheguei no hotel porque queria capotar. Voltei para o show e falei. Pode ter sido ocasionado porque eu já estava sob o efeito do remédio. Pior foi depois do show. O meu irmão Emanuel me disse que o que eu falei havia repercutido no Brasil inteiro. Para não ver nada tomei uma dose de uísque, que nunca havia bebido antes na minha vida, e misturei com um remédio forte para potencializar o efeito. Estava ansioso e não lembro do que aconteceu. Tomei o diurético, que foi o que me levou para o hospital.
– Como você está atualmente?
– Tenho de reaprender e reavaliar muitas coisas, saber até que ponto posso chegar. Me afastei de todos os tipos de decisões.
– Isso o corrói até hoje?
– Sim, até agora. Tinha dias que eu queria afundar a cabeça no travesseiro e não ver nada. Só pensava nos meus filhos, na minha mulher e nos meus pais. Poderia ter cometido um ato de suicídio com a minha atitude. Até que ponto eu poderia chegar? Não sei. E se a minha mulher não tivesse chegado e me levado para o hospital? Será que eu não poderia inconscientemente ter feito algo pior?
– Qual foi o papel da Flávia?
– A Fau é fundamental em todos os momentos da minha vida. Mas nesse momento ela foi a pessoa que encarou tudo. Não passei só mal, eu tive uma reação violenta. Uma mulher sozinha encarar isso é muito difícil. Ela não saiu de perto de mim em nenhum momento.
– Passou a admirá-la mais depois disso?
– Com certeza. Nunca brigamos. Me surpreendo com ela a cada dia. Por isso quero casar com ela todos os anos.
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