Em entrevista à CARAS Brasil, Marcos Pasquim relembra novela Kubanacan e revela dificuldade envolvendo os bastidores da produção
Sucesso na telinha da TV Globo entre os anos de 90 e 2000, Marcos Pasquim (54) não se importa de ser lembrado por seus personagens descamisados os quais ficou marcado. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista se diverte com a fama e garante que não fez nada que não fazia parte do roteiro.
"Vejo de maneira muito tranquila [o estereótipo do galã descamisado]. Fazia parte dos personagens, nunca liguei para isso. Sou ator e meu corpo é meu instrumento de trabalho. Ali ficava sem camisa, mas se precisasse engordar para interpretá-los, também faria", declara.
Divertido, Marcos, que atualmente está focando em trabalhos para plataformas de streaming, como Globoplay e Netflix, aproveitou para brincar com os figurinos "elaborados" que sempre precisava usar. "Os personagens estavam dentro do contexto, sempre muito ativos, com cenas de ação. Cabia o figurino com pouca roupa", diz aos risos.
Um dos personagens que ficou marcado pelo apelo sensual foi Esteban, protagonista da novela Kubanacan. A trama, inclusive, carrega memórias complicadas para o artista, que confessa ter ficado confuso em diversos momentos, por conta do roteiro complicado e repleto de reviravoltas.
"Essa novela teve muitos capítulos e com um ritmo acelerado, várias coisas aconteciam em uma semana, se você perdesse um capítulo, já não sabia mais o que estava acontecendo no capítulo seguinte, porque o personagem ia para muitos cenários. Então chegou um momento na novela que eu já não sabia mais onde eu estava, para onde eu ia, para onde eu voltava", afirma.
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Em certo momento da novela, Marcos chegou a interpretar três personagens, cada um com uma personalidade diferente, até que descobriu que um deles fazia parte de uma plano de viagem no tempo. Para o ator, a decisão do autor o deixou ainda mais confuso. "Foi bastante complicado. Tinha que prestar muita atenção para não me perder. Depois que descobri que o personagem vinha do futuro, aí ferrou! Já não sabia mais nem quem eu era (risos). Mas foi muito divertido", avalia.
Vale destacar que recentemente Quinto dos Infernos e Kubanacan entraram no catálogo do Globoplay, o que tem provocado uma verdadeira onda de nostalgia nos telespectadores. Segundo Marcos, é muito bom revisitar trabalhos antigos e receber mensagens dos fãs.
"Eu acho maravilhoso [o resgate de tramas antigas]! É uma nostalgia saudável, uma viagem ao túnel do tempo. De lá para cá, tantas coisas mudaram, tantas coisas aconteceram. Mas é uma delícia visitar estes lugares. Tem gente que se critica, que não gosta de assistir. Eu, quando tenho tempo, vejo de boa", revela.
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