A personagem de Claudia Raia seria condenada a mais de 300 anos de prisão na vida real pelos crimes de tráfico internacional, homicídio duplamente qualificado, cárcere privado e redução a condição análoga à de escravo
Lívia Marini (Claudia Raia), a vilã de Salve Jorge, se mostrou como uma pessoa que, em raras exceções, não esboça qualquer tipo de emoção. Mas é possível que ela leve um choque ao ser informada de sua pena até o o fim da novela, que acontecerá na sexta-feira, 17. Vale ressaltar que ela será presa dançando seminua em uma boate.
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Embora apenas Gloria Perez e sua equipe de roteiristas sejam capazes de contabilizar todas as vítimas traficadas pela chefe da quadrilha internacional, afinal são pelo menos 20 anos no ramo criminoso levando-se em consideração o sequestro de Aisha (Dani Moreno), sua pena seguramente ultrapassaria 300 anos.
"Ela é uma pessoa de personalidade distorcida e que pratica todos os crimes visando exclusivamente o lucro", analisou o criminalista Paulo Ramalho. Ele nos ajudou a fazer a conta usando como hipótese o número de 15 meninas vítimas do tráfico e sujeitas ao trabalho escravo no alojamento em Istambul, na Turquia.
Levando-se em consideração apenas o tráfico internacional, Lívia seria condenada a 105 anos segundo o Artigo 231 do Código Penal, contando o agravante por ela coordenar e promover o crime. Na vida real, a perversa ainda responderia por formação de quadrilha, homicídio duplamente qualificado, sequestro e cárcere privado e redução a condição análoga à de escravo.
A condenação precisa, neste caso e com essa situação apresentada, seria de 314 anos, sendo que ela cumpriria no máximo 30 anos em regime fechado. Lívia ainda teria como atenuante o fato de ser ré primária, mas que não seria de grande significado em razão de seus crimes hediondos.