Na Ilha, ela diz que mudou a rotina para se sentir melhor com seu corpo
Entusiasmada com o novo papel, a camareira Cíntia de Pega Pega, Bruna Spínola (30) foi fundo no laboratório para a personagem. Além da preparação via Globo, por conta própria ela trabalhou alguns dias em um grande hotel do Rio. “Arrumei vários quartos. Queria, de fato, pegar um pouco da vivência, ver onde sentem dor. Depois dessa experiência, passei a ser uma hóspede mais consciente, é que a gente vê cada coisa... Agora, arrumo mais a minha casa também, faço a cama todo o dia. Meu marido está adorando”, diverte-se ela, referindo-se ao cineasta René Sampaio (30). Bruna é assim, sempre de alto astral. “Sou alegre, para cima. Canto o dia inteiro em casa. Mal! Troco letra, mas canto (risos). Já tem tanta coisa ruim por aí, que tento sempre enxergar o lado bom da situação. Sou positiva em relação à vida!”, define-se ela, durante passeio na Ilha de CARAS.
Ex-professora formada em Letras pela PUC, apesar de ter iniciado no teatro aos 14, ainda na escola, só conseguiu correr atrás do sonho de atuar após os 20 anos. “Meus pais tentaram lutar um pouco contra, não queriam que fosse atriz. Mas quando quero muito e é importante para mim, insisto”, diz ela, que também escreve roteiros, já fez produção de peças e tem a fotografia como hobbie.
– São nove anos de relação, sendo quatro de casamento com René. O que os une?
– A gente se dá tão bem, isso é a primeira coisa. Nossa convivência é harmônica, entendemos e sabemos que cada um precisa do seu espaço. Nunca perdemos também o respeito um pelo outro. Acho que é isso e admiração, companheirismo, química. René também é engraçado, me faz rir o dia inteiro.
– Já planejam filhos?
– Meus pais perguntam muito (risos). A gente casou em 2013 e todos achavam que teríamos um filho logo. Mas estamos esperando um pouquinho ainda. Quero poder parar um ano e me dedicar à maternidade.
– Passou por alguma crise com a chegada dos 30 anos?
– Não. Mas estava mais cheinha, com uns quatro quilos a mais, comendo besteira. Acordava tarde porque escrevo à noite. E meu corpo respondia a isso, me sentia cansada. Na semana que fiz 30, pensei “não tá certo”. Procurei uma nutricionista e mudei os hábitos, dei uma sacudida. Mas não entrei em crise existencial.Comecei a acordar mais cedo, a comer melhor. Me sinto bem mais disposta. E acho que estou mais calma.
– Como ficou a alimentação?
– Adoro comer. Gosto de carboidrato, doce. Mas, se no fim de semana extrapolo, na segunda seguro. Tento comer menos, colocar fibra, grãos. Não faço dieta maluca. E tem o suco que tomo diariamente. Boto couve, hortelã, limão e mesclo com uma fruta, pode ser abacaxi. Ou faço de cenoura, maçã e laranja. E me exercito sempre. Faço musculação, trilha, crossfit, vôlei de praia, bicicleta, mas vou mudando as atividades de tempo em tempo, variando os estímulos.
– Tem algo que ainda não gosta em você?
– Ah, a gente sempre tem uma coisa ou outra que não curte, mas não tenho crise. Cortei o cabelo agora para a novela e gostei muito. Parece que me reinventei, foi um ganho grande.
– É muito vaidosa?
– Não muito. Moro na Gávea, Rio, e tem dias que acordo, desço e vou ao shopping de chinelo comer algo. Tem vezes que me arrumo mais. Depende do dia.
– Beleza ajuda na profissão?
– Pode ajudar e atrapalhar. Não só nessa profissão, na vida. Mas não só a beleza, a simpatia, você chegar num lugar com um sorriso, tratar bem as pessoas. A educação, o respeito pelo outro, isso acho que abre portas.
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