Objetos que se tornaram símbolos de beleza, luxo, sofisticação e tradição. Impossível resistir!
Arte de cristal
Reconhecer uma peça de cristal Lalique não é algo muito complicado. Seus peixes, ninfas, libélulas e folhagens, típicos do estilo Art Nouveau, tornam-se únicos e especiais quando trabalhados no famoso, e exclusivo, vidro opalescente. O francês
René Lalique foi um dos grandes nomes do Art Nouveau, contribuiu significativamente para a história do design e é conhecido em todo o mundo por seus vidros e joias elaborados entre as décadas de 1890 e 1940. Mas sua obra é infinitamente mais extensa e vai além dos frascos de perfume, pingentes e gargantilhas. Ele foi responsável pela decoração do Expresso do Oriente, considerado um dos trens mais luxuosos do mundo, pelos desenhos das fontes do jardim de Rond-Point, em Paris, e até mesmo pelas portas principais do palácio do príncipe Asaka Yasuhiko, em Tóquio. Há mais de um século, na fábrica hoje situada na Alsácia, região leste da França, a marca Lalique perpetua seu "savoir-faire" artesanal e, a uma temperatura de 1400°C, transforma areia, potássio, alumínio, chumbo e pedacinhos de vidro em uma verdadeira obra de arte onde contrastam o cristal brilhante e o acetinado.
Obra da natureza
O designer gaúcho
Hugo França é conhecido mundialmente por criar peças de mobiliário construídas a partir do reaproveitamento de madeira. Ele acredita - e é nisso em que se baseia o seu trabalho - na transformação criativa dos usos dos objetos, porque é assim que a natureza funciona. Sua maior matéria-prima são árvores centenárias mortas pela ação irresponsável do homem que, trabalhadas artesanalmente, voltam ao convívio humano. Aqui no Brasil, na França e até nos Emirados Árabes.Em 1980, depois de ter sido preso e torturado pelo governo militar, Hugo largou seu emprego em uma empresa de tecnologia, mudou-se para a Bahia e, durante 15 anos, aprendeu a trabalhar madeiras como o pequi. Hoje, França vive na cidade de São Paulo, mas mantém um estúdio em Trancoso, região repleta de troncos carbonizados de árvores que foram derrubadas nas décadas de 1960 e 1980 para dar lugar à pastagem e à agricultura. E depois do sucesso conquistado, Hugo paga caro por esse material, que antes era considerado lixo pelos fazendeiros. Hugo diz não saber desenhar. E interpreta com giz as formas que a natureza apresenta. ,
"De algum jeito, ele olha para a madeira e encontra um contorno natural que mostra como aquilo deveria ser uma cadeira ou um banco", definiu Zesty Meyers, dona da galeria americana R 20th Century. É desse impressionante diálogo que nascem peças únicas e superexclusivas.
Séculos de luz
Muitos dos lustres e luminárias de cristal que iluminam luxuosas lojas, como Louis Vuitton, Dolce&Gabbana e Cartier, são Barovier & Toso. E entre os designers que já criaram peças para uma das cinco empresas mais antigas do mundo, segundo o Livro dos Recordes, estão nomes como
Matteo
Thun,
Ugo Nespolo,
Daniela Puppa,
Patrizia Scarzella e
Rony Plesl. A evolução dessa marca italiana de cristais se confunde com a da família homônima e começa ainda no século 13, quando se tem notícia do primeiro Barovier, Jacobello. Menos de 200 anos depois,
Angelo Barovier deixou sua marca na história do Renascimento ao inventar o "cristal veneziano", totalmente transparente. E é dele também uma das mais preciosas e, provavelmente, a mais conhecida peça de vidro renascentista, o Barovier Wedding Cup, uma taça de vidro azul esmaltado com detalhes dourados que hoje está exposta no Museo Vetrario de Murano. O cenário dessa história secular é a ilha italiana de Murano, para onde os vidreiros de Veneza se mudaram em 1291. Reza a lenda que, enquanto a razão oficial para essa mudança era o risco de incêndio que os fornos representavam para a cidade, o motivo real era o desejo das autoridades de manter os segredos dessa arte bem guardados. Não é de hoje, e nem do começo do século 13, que as ilhas são reconhecidas como lugares misteriosos e que escondem maravilhas. No caso de Murano, isso é verdade.
A reinvenção do design
Apesar de ter tido sua carreira interrompida aos 51 anos, quando morreu, o finlandês
Eero Saarinen foi um dos mais produtivos, heterodoxos e polêmicos nomes da arquitetura do século 20. Coloridas, com estruturas inovadoras e formas esculturais, suas cadeiras Tulipa, mesas Pedestal e sofás e poltronas Womb são reconhecidos internacionalmente como ícones do design. Aos 13 anos, em 1923, Saarinen desembarcou nos Estados Unidos e cresceu em meio à comunidade artística da Academia de Arte de Cranbrook, no Michigan, onde seu pai dava aulas. Formou-se em arquitetura pela Universidade de
Yale e foi para a França estudar escultura. Entre seus amigos, estava o renomado casal de designers americanos Charles e Ray Eames. Aliás, foi em homenagem a Charles que Saarinen batizou seu filho
de Eames. No período pós 2ª Guerra Mundial, que ficou conhecido como o Século Americano, Saarinen ajudou a criar a imagem internacional dos Estados Unidos ao desenhar algumas das mais potentes
expressões simbólicas dessa nova identidade americana, como o arco da Igreja de St. Louis, o Centro Técnico da General Motors e o terminal TWA do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York.
Força e beleza
O par de sapatos azuis Manolo Blahnik não é único objeto de desejo eternizado pelo seriado Sex and the City. O fogão Viking da cozinha da personagem Samantha Jones também causa inveja e desperta ímpetos consumistas nos amantes da gastronomia e do design. A americana Viking é líder no mercado de eletrodomésticos de luxo nos Estados Unidos e está presente em mais de 90 países do mundo. Madonna,
Jack Nicholson e
Ozzy Osbourne são apenas alguns dos clientes da marca. Tudo começou na década de 1980, quando Fred Carl Jr. - criador e presidente da empresa - projetou e construiu sua nova casa e sua esposa quis um daqueles fogões resistentes "de antigamente". Hoje, o padrão Viking é exatamente esse: produtos modernos, com qualidade e acabamento indiscutíveis,
duráveis e com design impecável. O primeiro fogão profissional Viking, vendido em 1987, foi apenas o passo inicial para a dominação de todos os cantos da cozinha. São geladeiras, coifas, torradeiras, adegas,
lava-louças, facas, panelas e batedeiras, entre outros equipamentos que encantam chefs e fashionistas.