No Castelo, ela exalta sua paixão por Alexandre e João Guilherme: "Eu virei uma leoa... Tenho vivido em função do meu filho"
As gargalhadas de João Guilherme (1) ecoam nos corredores do Castelo de CARAS, em New York. É o anúncio de que seus pais, a atriz Letícia Birkheuer (34) e o empresário Alexandre Furmanovich (28), se aproximam. O menino, simpático e cheio de dobrinhas, surge nos braços da mãe, que o exibe como seu maior troféu. “Virei uma leoa. Tenho vivido em função do meu filhote”, derrete-se ela, que já estrelou novelas em horário nobre, como Belíssima, de 2006, e até hoje é reconhecida como uma das mais carismáticas modelos brasileiras. Cuidadosa ao extremo, assume que tem dificuldade para ficar longe do bebê. “Já falei para Lelê que não dá para criá-lo em uma bolha ou ficar grudada 24 horas até a fase adulta”, ressalta Alexandre, cujo incentivo foi fundamental para que Letícia voltasse a atuar na carreira empresarial e artística. Em dezembro, ela lança linha de óculos. Em março, estreia no Rio sua primeira peça, Até o Sol Nascer, de Lucianno Maza e direção de Gilberto Gawronski (50). Além disso, negocia para voltar em breve às novelas. Mais que o fascínio incondicional e a mudança de rotina do casal com a chegada de JG, como o bebê é chamado na intimidade, a atriz confessa que a maternidade também trouxe segurança. “Pela primeira vez na vida não estou ‘encanada’ com o meu corpo. Sempre fiz dieta e, na gravidez, comecei a comer de tudo. Em nenhum momento pensei se estava feia ou gorda. Existe algo maior para focar, o JG. Para mim, isso é virar mãe”, justifica, em ótima forma, com 65kg em 1,81m, após perder 22kg ganhos na gestação com ginástica, caminhadas e, agora, o retorno às quadras após 19 anos. Letícia, que já foi jogadora profissional de vôlei, vem atuando no time master do Hebraica.
– Você diz que está menos vaidosa, mas parece mais bonita com a maternidade. Acredita em alguma mudança maior?
Letícia – Deixei de me enxergar um pouco. Mas realmente não estou preocupada com isso.
Alexandre – Acho que ela está, sim. Letícia não é mais uma menina, virou uma mulher.
– Nesse momento, você se vê apenas como mãe, é isso?
– É por aí. (risos) Sempre fui muito ‘do mundo’, desligada. Com a chegada do João me tornei uma pessoa totalmente apegada a ele. E muito mais pé no chão também.
– Com isso existe espaço para o pai cuidar do João Guilherme?
Letícia – Até os seis meses só quem dava banho era eu.
Alexandre – Ela nunca deixou. Hoje em dia está um pouco mais calma e posso ajudar um pouco.
– Em 2008, você sofreu um aborto. É por isso que é tão centralizadora com o bebê?
Letícia – Não sei se é o motivo para proteger tanto. Pode ser também, para que nada dê errado. Logo em seus primeiros meses de vida, pensava: Deus me livre alguém chegar da rua com a mão suja e meu filho pegar uma doença, ficar gripado. Paranóica, não é?
– Já começaram a conversar sobre a educação dele?
Letícia – Com certeza, é a parte mais difícil. Queremos prepará-lo para o mundo e criá-lo para ser um adulto responsável, bacana, de boa índole e sem preconceito. Como eu, que morava na Zona Sul do Rio e convivia com gente do asfalto e do morro na praia.
– O casamento e o filho aconteceram em menos de dois anos. Com olhar de hoje, julgam que tudo foi muito rápido?
Letícia – Tinha vontade de ser mãe e Alê é mais novo. Mas deixamos as coisas rolarem. Acho que estava mais preparada que ele.
Alexandre – A gente nunca está pronto para casar e ter filho, mas na hora aprendemos.
– Como se adaptaram às mudanças tão repentinas?
Letícia – Faz um ano que troquei o Rio por São Paulo. É difícil, as pessoas são diferentes, o ambiente é novo e a gente ainda está em um processo. Nesse sentido, o bebê veio para ajudar. Hoje, existe uma base familiar, cria-se um vínculo muito grande, mas é necessário fazer esforços.
– Como assim?
Letícia – Sempre fui muito mandona. Depois que casei e tive filho, estou quase uma planta, uma tranquilidade impressionante.
– Mas, aparentemente, você, Letícia, parece mais geniosa...
– Alexandre é muito controlador, ele engana bem. (risos)
Alexandre – Sabe o que é, Letícia não atende o telefone, é superdespreendida do celular. Eu vou ver pelo GPS onde está, ligo para a empregada para achá-la.
–Você sente ciúmes?
Alexandre – É lógico. Não posso dar sopa. (risos)
– Com a chegada do João, conseguem manter o romantismo?
Letícia – Sou uma mãe superprotetora, mas Alexandre quer sair para jantar. Cedo bastante.
Alexandre – Para mim é muito melhor que seja presente. Sei que será cuidadosa assim para o resto da vida, mas tenho paciência.
– E pensam em mais filhos?
Letícia – É possível. Mas agora, vou voltar ao trabalho, um pouco por razões financeiras, mas também para a minha cabeça. Com JG, desacelerei, literalmente. Foquei na maternidade para acompanhar bem de perto seu desenvolvimento... Amamentei até os seis meses. E não me arrependo.
– Um ano após o nascimento do João Guilherme, qual balanço fazem da vida em família?
Letícia – Realizamos um sonho. JG foi muito esperado. Nossa casa e nossas vidas ficaram bem mais alegres e coloridas! Descobrimos o maior amor do mundo. Fomos presenteados com esse menino que mexe no cabelo quando vai dormir igualzinho à mamãe e tem o sorriso do papai. Isso é felicidade.
Alexandre – E com os olhos marcantes da Lelê!
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