Casado com brasileira, astro revela desejo de morar no país
Mesmo sendo casado com a paulistana Eliane Cavalleiro (46), escritora e doutora em Educação pela USP, o astro internacional Danny Glover (68) nunca viu o carnaval de perto. Nem mesmo em suas passagens anteriores pelo País, como há 11 anos, sua primeira vez, no Fórum Social, ou quando filmou Ensaio sobre a Cegueira, de Fernando Meirelles (59), na capital paulista, em 2007. A observação, em tom de reclamação, costuma ser uma das primeiras frases do ator hollywoodiano quando encontra brasileiros. Foi o que aconteceu na temporada 2014 do Castelo de CARAS, em Tarrytown, a 40 minutos de Manhattan, onde o ícone do cinema — graças a marcantes interpretações em clássicos como Máquina Mortífera, A Cor Púrpura e Predador e mais de 80 produções no currículo — hospedou-se. Com residência fixa em São Francisco, na Califórnia, o casal revelou o desejo de morar onde se conheceu e divide as mesmas paixões, da gastronomia ao ativismo social.
– Foi amor à primeira vista?
Danny – Sim. É interessante, porque posso recontar quantas vezes me perguntarem como foi a primeira vez que a vi; não me canso. Estávamos em um micro-ônibus e eu ficava olhando para trás, tentava disfarçar. Ela havia me visto há alguns anos, mas não nos falamos na ocasião. A vida passa muito rápido e eu não voltei a encontrá-la durante quatro anos. Foi quando visitei o presidente Lula, em Brasília, que me lembro de ter voltado a perguntar dela a amigos. Trocamos e-mails e começamos a conversar por telefone por cinco meses, até que decidimos nos encontrar no ano seguinte. Já não tinha mais esperanças de reencontrá-la, mas dirigi do Sul até Jericoacoara apenas para vê-la. Nos casamos em agosto daquele ano, sete anos atrás, em uma cerimônia muito simples.
– O que admira nela?
– Eliane tem dois filhos com outro homem, uma pessoa fantástica. Tenho dois filhos maravilhosos que passaram a ser meus, além da minha filha natural, e isto só é possível porque eles tiveram dois pais maravilhosos. Nos meus sonhos, sempre quis estar, em primeiro lugar, com alguém que fosse uma excelente mãe. Não pretendo ser pai novamente. Estar ao lado de alguém que veja o universo com o olhar de mãe é importante para mim. Minha ambição, quando a vi, foi ter alguém que fizesse a diferença no mundo, com ideias e iniciativas. Nunca conheci alguém que amasse tanto a própria mãe como amei a minha. Eliane é assim, também ama o irmão e os sobrinhos. Era com ela que eu queria estar.
– Vocês percorrem o mundo. Agora, conheceram um castelo em plena NY. O que acharam?
Eliane – Achamos a decoração de nossa suíte elegante, bastante romântica e com iluminação perfeita, dada à sua disposição, bem às margens do rio Hudson. É, de fato, um lugar especial e encantador. Nos sentimos bem acolhidos e saboreamos deliciosas iguarias. O encontro com atrizes e atores brasileiros foi bastante alegre e acolhedor. Danny se sentiu muito feliz com tudo e essa convivência lhe proporcionou ainda mais o desejo de, em um futuro próximo, mudar-se para o Brasil.
– O que vê de especial nele?
Eliane – O que posso destacar é que, morando nos Estados Unidos e estando ao lado do Danny em suas diversas viagens e atividades em prol da valorização da diversidade, combate às desigualdades e à pobreza, tenho tido oportunidade de conhecer outras realidades que possuem problemas semelhantes aos que enfrentamos no Brasil, como, por exemplo, o racismo e o preconceito no campo da educação e seus efeitos negativos para as crianças em todos os níveis escolares. Temos visitado escolas que desenvolvem importantes trabalhos de formação de profissionais da área, bem como o desenvolvimento de crianças, jovens e adolescentes na perspectiva de fortalecimento da identidade e do respeito e o apreço à diversidade e prevenção de exploração sexual. Como ele é embaixador da Boa Vontade, visitamos, entre outros, lugares como Sarajevo, na Bósnia, Cartagena, na Colômbia, e Lima, no Peru, para acompanhar atividades do Unicef. São experiências ímpares.
– Apoiam trabalhos sociais quando estão no País?
Danny – Costumo apoiar causas de trabalhadores e sindicatos quando vou. Sendo figura pública e muito conhecida no mundo todo, quero mostrar que tenho preocupações iguais às deles e que penso em transformar o mundo.
– O que mais gosta do Brasil?
– Tenho CDs no meu carro, vi filmes como Central do Brasil e Macunaíma, amo a comida, especialmente a da Bahia, gosto de moqueca e feijoada, mas principalmente, o que me encanta são as pessoas. E minha amável mulher, logicamente, que me faz feliz.
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