Em Villa la Angostura, o ator Eduardo Galvão revela desejo de viver uma paixão intensa e sempre aprender
Com equilíbrio e tranquilidade. Assim, Eduardo Galvão (50) há 30 anos rege sua trajetória artística. Escalado para integrar elenco da nova temporada da global Malhação, que estreia em 13 de agosto, o ator conta que, apesar da experiência, encara a profissão como um eterno exercício para se aperfeiçoar. “Amo meu trabalho e, a cada personagem que faço, o interesse aumenta ainda mais, e o aprendizado, também. Acho que não existe aquela história de o ator ‘estar pronto’ em determinado momento da vida, por isso faço questão de sempre aprender com a profissão”, explica ele, convidado da 13ª temporada CARAS/Neve, em Villa La Angostura, Patagônia argentina, onde fez suas primeiras manobras no snowboard. “Dizem que esquiar é mais fácil, mas resolvi me aventurar direto no snow! Quando menino, eu andava de skate e achei meio semelhante”, justifica ele. Homem de ‘espírito jovem’, como gosta de se definir, o carioca afirma não temer o correr dos anos. “A gente não pode se importar com esse tipo de coisa, nossa passagem por este mundo é muito rápida, temos é que viver e não pensar em bobeiras como o ato de envelhecer”, simplifica. Pai de Mariana Galvão (23), da relação com a psicóloga Isabel Gomes (47), Eduardo atualmenteestá solteiro, mas não esconde a vontade de encontrar sua alma gêmea. “Quero alguém por quem me apaixone. Para mim, o tempo não é importante, mas sim a intensidade do amor enquanto se está com a pessoa. Penso em me casar, só não quero mais é ter filhos”, ressalta. O desejo, segundo o ator, prova que sua fama de sedutor é injusta. “Sedutor? Acho que não! Sou apenas um cara simpático e que tenta se integrar da melhor maneira possível”, pondera.
– Malhação tem um público jovem. Está preparado para mergulhar nesse universo?
– O meu personagem é um corretor de imóveis, pai de dois filhos e com duas ex-mulheres. O curioso é que 65% da audiência de Malhação é formada por mães que querem ficar por dentro do mundo dos filhos para conversar com eles sobre os mais variados assuntos. Por isso, temos grande responsabilidade ao abordar temas ligados à juventude.
– Você tem semelhanças com seu personagem?
– Em comum, há o fato de termos confiança e acreditarmos que tudo dará certo. Meu personagem é carismático, acho que eu também, sou um cara comunicativo, que gosta de conversar.
– Os musicais também fazem parte de seu currículo...
– Foi algo novo que surgiu na minha vida. E venho curtindo muito isso. Comecei com Gloriosa, depois fiz Gypsy e, por último, As Bruxas de Eastwick, todos a convite dos diretores Charles Möeller e Claudio Botelho.
– Teve dificuldades no início?
– Sempre que tenho uma novidade, fico um pouco tenso, mas depois me entrosei com a maneira de se trabalhar o gênero e acabou sendo mais fácil do que imaginava. Claro que eu não tenho a técnica dos grandes cantores de musical, mas sou um ator que sabe cantar.
– Considera-se sonhador?
– Sou equilibrado. Um pouco sonhador e um pouco realista. Sonhar faz bem para vida, não a deixa ser chata, mas é preciso ter um pé na realidade.
– E você tem um grande sonho a ser conquistado?
– Acho que não. Estou muito bem na carreira, o que já é ótimo. Mas, é claro, sempre espero as coisas melhorarem na profissão.
– E como lida com a vaidade?
– Sou vaidoso, aliás, todo mundo é um pouco, mas claro que tem limites. Tenho o cuidado de sempre malhar e procuro ter uma alimentação saudável, evitando pratos gordurosos. Mas em certos dias quero ficar mais relaxado, aí não me privo disso.
– Como é a relação com a sua filha?
– Tento que seja da melhor maneira possível. Aprendo a respeitar os direitos dela, assim como ela os meus. Às vezes, a gente se desentende, mas é normal. Minha filha é o grande amor da minha vida.
– Ela é formada em cinema. Você influenciou a escolha?
– Nunca torci para Mariana ser atriz ou seguir qualquer outro caminho, pelo contrário, sempre deixei que tomasse suas decisões.
– Como define seu atual momento de vida?
– Só tenho a agradecer e me sinto uma pessoa realmente privilegiada. Escolhi uma carreira difícil, é verdade, mas que me dá muito orgulho. Quero poder chegar ao final da vida e ver que tudo deu certo, que sobrevivi fazendo o que gosto e fui respeitado na minha profissão.
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