Corrupto: do latim corruptus, corrupto, podre, estragado, infectado, viciado. O étimo é o mesmo de corromper, do latim corrumpere, deixando implícito que é ação feita em companhia de alguém, o corruptor, do latim corruptore, e está presente também em interromper, do latim interrumpere, quebrar a continuidade, atrapalhar. Quando a palavra corrupto entrou para a língua portuguesa, no século XV, prevaleciam os significados e sentidos de podre, adulterado, alterado. Nos dias atuais, seja como adjetivo, seja como substantivo, corrupto passou a ser aplicado ao indivíduo que desvia verbas, que adultera contratos, falsifica documentos, assaltando o erário, naturalmente com a cumplicidade do corruptor, entretanto usualmente ausente das notícias e às vezes tratado como herói por denunciar aquele a quem ajudou a corromper. São designados corruptos também uns crustáceos decápodes — semelhantes a caranguejos, com cinco pares de patas. Têm essa designação porque são muitos, quase não aparecem e são difíceis de capturar. Quando encontrados, os pescadores os usam como iscas para pegar peixes maiores.
Hospital: do latim hospitale, designando originalmente casa de hóspedes. O étimo é hospes e designa aquele que recebe o estrangeiro, hostis, e está presente também em hospedaria e hospício. O hospital é historicamente recente. Antes as pessoas atacadas por alguma enfermidade eram atendidas em casa pelo medicus, que servia de intermediário entre deuses da saúde, ou pelo clinicus, que se inclinava sobre o klinikós, leito onde jazia o doente. Daí clínica ter-se constituído em sinônimo de prática da Medicina, como em hospital das clínicas.
Laringe: do grego laryngos, genitivo de lárynx, localiza-se entre a faringe e a traqueia, onde estão as cordas vocais, peças importantes do aparelho fonador. O ex-presidente Lula (65), com câncer na laringe, recebe tratamento no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Entre os clientes da instituição estão políticos e personalidades do mundo empresarial. A maioria do povo se trata na rede hospitalar conhecida como SUS (Sistema Único de Saúde), criado pela Constituição de 1988 e regulamentado nos anos 1990. Nos termos médicos, predominam o latim e o grego. Cancer em latim é caranguejo. O tumor recebe tal denominação porque sua forma lembra o crustáceo, mas ninguém diz de alguém que tem câncer, que tem caranguejo.
Relé: do francês antigo relais, demora, ligado ao verbo relayer, substituir, revezar. Até o século XIX, relais designava no francês cães de reserva que eventualmente substituíam os titulares numa caçada e ainda cavalos descansados, deixados nas estradas, em pontos previamente combinados, naturalmente, para substituir os outros, já cansados, para maior conforto e rapidez nas viagens. Veio depois a designar o lugar onde essas trocas eram feitas. Com a invenção do telégrafo e mais tarde do automóvel, passou a designar peça que, com uma energia menor, controla uma maior.
Traçar: do latim vulgar tractiare — pronuncia-se “tracciare” —, traçar, rabiscar e também arrastar, ligado ao latim clássico trahere, mover, atrair, puxar. O étimo é comum a tratado, contrato, trator, tratar, retratar. Exemplos de seu emprego: traçar uma linha no papel; traçar os limites de uma propriedade; e traçar uma rota de fuga. Há um sentido adicional para este verbo na gíria, significando o ato sexual, equivalente a comer, sair com, dormir com, namorar.
Velo: do latim velus, pele de animais, em especial da ovelha, do bezerro e do bode, mas muito jovens ou mesmo fetos, usada como pergaminho, denominação devida à cidade de Pérgamo, hoje Bergama, na Turquia. Por volta do ano 150 a.C., por dificuldades com a importação do papiro, passou-se a escrever em couros de animais, primeiramente de um lado só e mais tarde dos dois lados, quando foram aperfeiçoadas as técnicas de raspar os pelos e tornar os couros mais maleáveis e macios. A palavra palimpsesto significa escrever de novo, em cima da antiga escrita. Em grego, de novo é pálin. São Jerônimo (347-420), por exemplo, fez com que sua equipe de tradutores da Bíblia, do grego para o latim, escrevesse em diversos velos, cujo conteúdo, já no século XV, serviu a Johannes Gutenberg (1398-1468) para o primeiro livro impresso, a Bíblia de 42 linhas.
Marido de Isadora Ribeiro morre após sofrer infarto no Rio de Janeiro
Drake tem cartão de crédito recusado durante live: ‘Vergonhoso’
BBB 23: Key Alves diz que nunca leu um livro na vida: "ficava nervosa"
Matheus Yurley tem casa roubada e ameaça: "Não vai passar batido"
Priscilla Alcantara abre álbum de fotos e arranca elogios: ‘Sempre mais legal’
Diretor de 'Travessia' comenta críticas sobre performance de Jade Picon: "normal"