As pesquisas indicam: os locais de trabalho e estudo são os ambientes mais propícios ao surgimento do amor. Ao contrário da balada e das ruas, tendem a ser lugares mais calmos, propensos a contatos diários, que facilitam a descoberta de afinidades e o surgimento do afeto e do desejo. Mas nem sempre é simples administrar uma relação surgida em território profissional. Os riscos são de tal extensão que consagraram a expressão — um tanto chula, mas muito repetida — “onde se ganha o pão não se come a carne”.
Máximas e provérbios costumam sintetizar a sabedoria coletiva, em geral são frutos da experiência acumulada, mas, quando envolvem relações afetivas, nem sempre batem com a realidade. Mais que isso, transformam-se facilmente em clichês — espécie de sabedoria fast food — e, quando aplicados sem critérios, podem se converter em discursos de dominação social.
O ditado citado até pode ser útil, especialmente nos casos em que as relações em questão envolvem o patrão casado e a empregada, o chefe comprometido e a secretária, o médico e sua cliente, autoridades públicas e garotas de programa, além de outras situações nas quais, na verdade, o mais apropriado seria advertir que “onde se paga o pão não se come carne”. E, mesmo nesses casos, há raras exceções que podem dar certo.
Apesar de todo o mau gosto e da simplificação reducionista, há quem leve o dito popular ao pé da letra. Certas empresas (como se fossem pais) chegam a proibir que seus funcionários (como se fossem irmãos) tenham relacionamentos amorosos entre si (como se isso fosse um incesto), traduzindo o receio de que as encrencas que o amor costuma provocar (ciúme, brigas, intrigas, dispersão) afetem o ambiente de trabalho.
O risco existe, naturalmente. Trabalho é tarefa objetiva que requer mais racionalidade do que emoção, e amor é palavra que se conjuga principalmente com o coração. Mas o conflito pode ser superado se os pombinhos ficarem bem alertas para impor a si próprios os limites necessários.
O casal que se relaciona no local de trabalho deve estar atento também a fenômenos de grupo, como fofocas, ciúme, inveja. O ideal é que se proteja dessas manifestações desagradáveis, evitando expor seu amor, não se isolando dos demais e deixando para discutir seus problemas pessoais em casa. Assim, é possível contornar as intrigas grupais sempre prontas a lançar seus tentáculos.
Para fugir de tantas complicações, há casais apaixonados que resolvem abrir a própria empresa. Desse modo, unem as afinidades profissionais, podem partilhar e complementar competências e, claro, conseguem ficar mais tempo juntos sem se incomodar com terceiros. É preciso que reflitam, porém, sobre se essa opção, com o tempo, não os sufocará. Vale também pensar se não estaria oculto, na iniciativa, algum desejo secreto de controle mútuo.
Em qualquer situação, os envolvidos precisam pensar bem antes de tomar uma decisão. Não acho que seja o caso de reprimir se a paixão aflorar entre colegas, mas é preciso ter consciência de que assumi-la tem implicações. Sabendo administrar a presença cotidiana, as questões profissionais e as ligadas ao grupo, o casal que trabalha unido terá até boa chance de permanecer unido, aumentando, no dia a dia, a afinidade amorosa.
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