Ela realça seu namoro e a estreia na TV Record na temporada CARAS/Neve
Em Termas de Chillán, a 1150m acima do nível do mar, Milena Toscano (31) observa a exuberante paisagem tomada de neve. Os momentos de contemplação, porém, são poucos na vida da atriz. “Gosto de olhar a natureza, mas sou elétrica, então, ficar muito quietinha é difícil”, diverte-se. O perfil falante, de menina-moleca, acaba sendo um dos seus muitos encantos. “Meu irmão brinca que no meu radinho o stop e o pause vieram com defeito”, conta ela, que começou a atuar aos 15 anos, no longa Memórias Póstumas, e fez a primeira protagonista na novela Araguaia, em 2010. No momento, o assunto sobre o qual fala ininterruptamente tem a ver com a nova fase profissional. Após dez anos de Globo, Milena assinou com a Record para atuar em Escrava Mãe, de Gustavo Reiz (33), trama que substituirá Os Dez Mandamentos, em outubro. Há dois meses, ela grava no Polo Cinematográfico de Paulínia. “Sou atriz, seja de Globo, Record, SBT, teatro, rua... Gosto é de contar histórias. E a qualidade da novela, texto, luz, figurino... Está impressionante”, diz ela, que celebra ainda um ano e meio de namoro com o engenheiro Pedro Ozores (33).
– Como conheceu Pedro?
– Uma amiga nos apresentou. Acho que desde o primeiro momento os dois se encantaram. Daí, fomos nos aproximando, um WhatsApp aqui, um Facetime ali...
– Foi difícil conquistá-la?
– Sempre namorei, nunca fui de ficar solta. Mas tinha recém-acabado um namoro, queria ficar sozinha. Não deu, Pedro apareceu...
– O que o namoro mais tem somado à sua vida?
– Pedro me ensina todos os dias, também me dá bronca. Há esse cuidado entre a gente. Admiro seu caráter, dignidade, relação familiar. Comecei a perceber que o amor que sinto por ele é muito mais parceria. Ele gosta de mim do jeito que sou, na essência e gosto dele da mesma forma. Tenho certeza de que, em qualquer situação, feliz, triste, um estará ao lado do outro. É uma relação de verdade, mais madura, pé no chão.
– Há o desejo de casar?
– Quero, sim, um dia. Na verdade, este é um sonho do meu pai, de entrar comigo de noiva na igreja. Não tive festa de 15 para ele dançar valsa, tem de ter casamento.
– Teve alguma crise de idade?
– Nossa, os 30 anos mudaram minha vida, pele, cabelo, corpo... Antes, se engordasse um pouco, ficava dois dias tomando sopa à noite e pronto. Agora, são dois meses e meio e olhe lá. Há pouco tempo, não usava maquiagem, hoje são cremes antirrugas, olheira, protetor solar. Mas acho uma das melhores idades, queria essa cabeça com o corpo de 20. Você pode até não saber muito o que quer, mas sabe exatamente o que não quer. Hoje, minhas relações são mais importantes do que tudo. Não preciso, por exemplo, ser rica, apenas ter dinheiro suficiente para viver bem com quem amo perto.
– É muito ligada à família?
– Minha família é quem eu sou, a base, tudo. Meus pais são casados há mais de 40 anos, um exemplo para mim. Quero construir uma família que seja, pelo menos, parecida com a que tenho. Meu irmão Matheus é o meu melhor amigo. A perda de Rodrigo, nosso irmão do meio, aos 19 anos, em um acidente, nos uniu mais.
– O que a encantou na personagem Filipa, de Escrava Mãe?
– Ela é uma mocinha de 1820, criada em uma família só de homens. É abolicionista, guerreira, enfrenta sem medo o pai, um vilão escravocrata. Brinco que é a Coco Chanel da época, usa até cartola com uma flor e sai assim na rua. Faz maculelê na senzala, luta espada, veste-se de homem para conhecer a taberna. Estou completamente apaixonada pelo papel.