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Bia Doria vai ao sertão e reflete questão social

Eleita do Prefeito João Doria diz que foco atual é SP e que sempre irá colaborar com o marido

Juliana Cazarine Publicado em 11/07/2017, às 06h52

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Bia Doria - João Passos/Brasil Fotopress
Bia Doria - João Passos/Brasil Fotopress

A abundância cultural do sertão nordestino encantou a artista plástica Bia Doria (57), primeira- dama do município de SP, que visitou a região pela primeira vez. “É um lugar mágico”, definiu a mulher do prefeito João Doria (59). Em quatro dias de viagem, ela conheceu Paulo Afonso, Bahia, percorreu parte de Sergipe pelo Rio São Francisco e visitou a Ilha do Ferro e Piranhas, em Alagoas. Profissional internacionalmente reconhecida e premiada, Bia embarcou com uma missão: além do primeiro contato, aprimorar o trabalho dos artesãos locais. A incumbência lhe foi dada pela estilista Martha Medeiros (54), que mantém programas de assistência e capacitação no Nordeste, de onde vem toda a renda utilizada na confecção de suas peças. “A ideia, agora, é aprimorar também o trabalho dos homens da região, que fazem outro tipo de artesanato, como peças para decoração”, explica Bia, que compartilhou com a população local suas noções de design. “Assim, a arte deles vai se comunicar com mais pessoas. O artesanato local é muito rico e pode movimentar ainda mais a economia local”, aponta ela, mãe de João Doria Neto (23), Felipe (16) e Carolina (15).

Em contrapartida, Bia pôde conhecer o sertão. “Fiquei encantada com as paisagens e a história. Lá é sempre quente, mas com uma brisa gostosa”, relembra ela, que se encantou também pelas iguarias que experimentou. “Nunca comi tão bem na vida”, diz. Natural de Alagoas, Martha conduziu a amiga pela região com auxílio do empresário Manoel Foguete, dono de embarcações. “Nós vimos as flores de Mandacaru, que desabrocham à noite e começam a murchar pela manhã. Fizemos a Rota do Cangaço, em Piranhas, cidade tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. Quero que todo mundo conheça este lugar pelo qual sou apaixonada”, declara a estilista. Parte dos passeios que fez ocorreu sobre as águas do Rio São Francisco, onde Bia encontrou oportunidade de ajudar ainda mais os artesãos locais. “Recolhi ma deira da hidroelétrica do Xingó, que fica entre Ala g oas e Sergipe, pa ra fazer uma escultura que será leiloada no próximo desfile da Martha, em SP. O dinheiro será revertido para a criação de uma escola de capacitação para eles”, adianta a artista, que cria a partir de resíduos de florestas, árvores nativas resgatadas em queimadas, desmatamentos, fundo de rios ou barragens e faz da sua obra plataforma para discussão de questões ambientais. “Uma pessoa sozinha não muda o mundo, mas penso que, mesmo que pequena, qualquer contribuição é válida”, sentencia ela, sempre engajada. 

O olhar para questões sociais ficou ainda mais apurado quando João assumiu a capital paulista. “Tenho de colaborar com ele, entender sua ausência em casa e contribuir com seu trabalho. João é quem foi eleito, não eu. Mas, como sua mulher, também procuro fazer a minha parte para melhorar a cidade”, explica ela, ciente de seu papel caso venha um dia a se tornar primeira -dama do Bra sil — o prefeito pau listano tem sido citado como provável candidato à Presidência da Re pública, em 2018. “O apelo para a nova candidatura existe, mas é outra etapa, para outro momento. Todos os dias, recebo pedidos de creches e hospitais, ando pela cidade e vejo os problemas. Sei que há muito o que se fazer por aqui. João é uma pessoa focada. Neste momento, estamos pensando em SP. A cidade é grande e complexa”, afirma ela, que brinca sobre o primeiro semestre do marido à frente do mandato. “Perdi o marido. Ga nhei o prefeito.”