Sobrinha de Xuxa prova DNA artístico e dá exemplo de superação
Desinibida e dona de forte personalidade, Nikki Meneghel (10) transita com facilidade entre dois universos bem distintos, o das responsabilidades do trabalho como atriz e o das doces brincadeiras e ocupações da infância.
Sobrinha da apresentadoraXuxa Meneghel(52), ela já soma em seu currículo desfiles e trabalhos no cinema, teatro e na TV, mas não pensa duas vezes quando questionada sobre o que mais gosta de fazer. “Não consigo imaginar como estarei daqui 10 ou 20 anos, porque a infância é muito boa, adoro jogar bola, queimada, bandeira. Acho que quando crescer vou querer continuar brincando”, avisa a loirinha de olhos azuis, durante fim de semana no Royal Palm Plaza, em Campinas, no interior de SP.
Sua estreia na TV foi em grande estilo. A pequena atuou na trama bíblica de maior sucesso da Record, Os Dez Mandamentos, e garante tirar o trabalho de letra. “Decorar os textos foi tranquilo. Eu lia duas vezes e já estava na ponta da língua. Eu gosto de sair às ruas e ser reconhecida por meu trabalho. Meu sonho é atuar em Hollywood”, conta.
A inspiração de Nikki, claro, é a tia famosa. “Além de inspiração, ela é a melhor tia do mundo.” O sucesso precoce, no entanto, não a impede de ter uma rotina comum. “Para Nikki, atuar é uma grande diversão, é a brincadeira dela e desde pequena tem essa vontade. Então, fizemos um acordo: as notas na escola devem estar sempre acima de oito. Se não for assim, ela deixa de fazer um trabalho, pois a prioridade são os estudos. Nesse ponto ela é bastante responsável”, conta a mãe, Michelle Meneghel (45). “Minha única preocupação é em relação às amizades. Sei que há pessoas que se aproximam por puro interesse, que se aproveitam”, pondera Michelle.
O elo de Nikki com a mãe é forte, mas se intensificou ainda mais nos últimos meses. O motivo foi a triste perda do pai, Cirano, que faleceu em setembro, aos 58 anos, vítima de um infarto. “Somos muito unidas e, agora, não nos desgrudamos mais. Era o pai quem a acompanhava nos trabalhos, levava às gravações. Hoje, eu assumi esse papel”, explica Michelle, que vê nas atividades da filha uma maneira de amenizar a dor. “Fazer o que ela gosta ajuda a distrair”, frisa ela, cuja opinião é compartilhada por Nikki. “Me ajuda a ficar bem. Não posso ficar triste, porque tenho que segurar ‘a onda’ da minha mãe. Ela fala que cuida de mim, mas sou eu quem cuido dela”, aponta a pequena, cheia de propriedade.
Com amor e carinho, aos poucos, mãe e filha trocam o sentimento da tristeza pela saudade e pelas boas lembranças. “Uma das melhores recordações que te nho do meu pai eram as piadas sem graça que ele contava. A gente dava risada só pelo jeito engraçado dele falar”, fala a jovem, que recorda com orgulho de uma de suas últimas provas de Matemática. “Eu tirei 10! Não gosto tanto de Matemática, mas meu pai estudou a matéria comigo e me ajudou”, conta a adorável Nikki.